Mães que trabalham fora X Doenças dos filhos

Sabem que essa semana eu fiquei refletindo bastante... Talvez por um tempo ter tido babá para o Matheus (e não creche) e a babá ser uma pessoa super compromissada que não faltava e de confiança para ficar com o Matheus doente e eu poder trabalhar, eu ainda não tinha parado mais profundamente para pensar em como nossa sociedade é cruel com a maternidade e principalmente com a maternidade em tempos de filho doente.

Tratei a Gigi com otite e sapinho desde sexta, 20 de março, em casa. Nesse período revezei os períodos em casa com o papai. Rafael ia trabalhar de manhã e eu à tarde. Dei todos os remédios de 8 em 8 para otite e de 6 em 6 para o sapinho, religiosamente. Na quinta-feira, 26, as lesões na boca começaram a ficar piores e na sexta, 27, dia que a Nistatina para o sapinho finalizaria, ela amanheceu com a mucosa interna dos lábios rachadas, com sangue e com bastante dificuldade de comer. Nem fui trabalhar. Combinei com o marido que ficaria com ela o dia todo, até porque ela estava incomodada e bastante agarrada comigo, e levei-a à emergência na impossibilidade de levá-la ao pediatra assistente.

Chegando lá, verificamos que a otite graças a Deus estava curada mas o sapinho não. A médica que me atendeu explicou que podia acontecer, que às vezes o tratamento poderia levar 14 dias e não só 7 e que continuaríamos com o mesmo remédio e periodicidade. Pedi então o atestado e ela falou que não precisava de atestado, que sapinho era uma doença não transmissível, ainda mais nessa altura do tratamento, e ela poderia frequentar a creche...

COMASSIIIIIIM BRASIIIIILLLLL???? Então a menina tá com o humor alterado, visivelmente incomodada, sofrendo com as lesões na boquinha, vai ser exposta a um ambiente naturalmente de menor higiene que em casa e tá tranquilo???

Foi mais ou menos isso que falei com a médica. Ela respondeu: "É, mãezinha, mas infelizmente não posso dar atestado por causa de sapinho."

Não é mãe certamente aquela vaca.

Pensei mais ou menos: "Enfia então esse receituário em algum orifício rugoso do teu corpo", mas respondi: "Ok, já que você não pode fazer nada, sinto muito. Espero que ela não piore". E comecei a rezar pedindo a Deus para que melhorasse. Como Deus é PAI, ela durante o fim de semana melhorou consideravalmente (cortou franjinha, uma mocinha, vcs viram no insta e no face?) e hoje foi pra creche com duas páginas na agenda de recomendação. Coloquei os horários do remédio 1, 7, 13 e 19h para que ela só precise tomar na creche uma vez (13h). E vamos que vamos que com oração, tratamento e muita fé em Deus, até o fim de semana a boquinha estará totalmente curada.

Hoje mais tarde vou levar os dois a um pediatra mais perto da minha casa e pelo plano, porque com dois filhos, né, pagar consulta particular tá puxado. Tomara que dê certo e depois conto. Obrigadão por toda a preocupação e desejos de melhoras. E vamos torcer para que os médicos e os emrpegadores tenham compaixão de todos os pais que precisam cuidar de seus filhos doentes. Ninguém merece a angústia de precisar trabalhar enquanto você sabe que seu filho precisa de você.

Boa semana!

Um comentário:

  1. E vc que passou pelas duas situações, babá e escola, o que prefere? Tão difícil essa escolha. Bjos. Larissa.

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