Como vocês acompanharam certo tempo aqui no blog, Matheus passou efetivamente por duas creches, mas o tempo que ficou, eu nem sei contar exatamente, foi muito pouco. Pagamos 3 meses de creche (a segunda, em que eu esperava que ele ficasse) e se ele foi umas 10 vezes sozinho, foi muito. Ele entrou em 04/02 e ficou comigo em adaptação. Na semana seguinte foi Carnaval e depois pra voltar para a adaptação, estava ou comigo ou com a minha mãe por perto. Quando ia começar a ficar sozinho, no final de fevereiro, dia 24, um domingo, ele começou com uma febre. Levei ao pediatra, de cara não vimos nada, a febre continuou, levei de novo e ele começou com antibiótico. Logo em seguida o ouvido esquerdo estourou pus e descobrimos uma otite. Antes de o ouvido estourar, o que já significa que a dor diminui porque a fase aguda passou, foram dias difíceis. Ele teve crise de dor tipo cólica de recém-nascido, dava soquinhos no ouvido, foram noites inteiras acordada junto e desesperada por não poder fazer nada além de dar colinho, carinho e analgésico. Depois de passar pouco mais de 2 meses assim (com otites de repetição, 4 caixas de antibiótico), indo à creche e 2 a 3 dias depois tendo febre e voltando pra casa, decidi que tiraria o Matheus da creche e procuraria uma babá. As coisas estavam muito de cabeça pra baixo em nossas vidas. Eu passava a semana na casa dos meus pais, em um bairro distante da minha casa e do meu trabalho (que é perto de casa), Rafael ia comigo dia sim, dia não e só nos finais de semana eu podia voltar pra minha casa. Mesmo assim a vida não voltava ao normal, né? Foi bem cansativo e frustrante.
No início de maio, uma amiga minha indicou uma babá, que era amiga da prima dela e já tinha trabalhado em creche. Outra amiga indicou mais uma e essa ficou em stand by. Graças a Deus nem precisei procurar a última. De cara o Matheus já gostou da primeira "tia". Continuei mais quase um mês nessa rotina atribulada de ir pra casa dos meus pais para minha mãe "treiná-la" no jeito de lidar e na rotina com o Matheus. O fim de semana de aniversário dele foi o último que passamos na casa da vovó. No feriado de Corpus Christi voltei para casa e tudo se ajeitou, graças a Deus!
Hoje consigo trabalhar até mais tranquila, porque vejo o bom relacionamento que o Matheus tem com ela. Antes, por mais que quase todo mundo diga que "quem sofre é a mãe", eu ficava triste com a "violência" que eu fazia a ele mandando para a creche. Ele saía sempre meio apático, eu tinha de me esforçar muuuito para tirar um sorriso dele quando ia buscá-lo. Na última vez que ele foi, ainda em abril, na hora que saí ele chorava tanto, mas tanto, que vim todo caminho aos prantos, no meio do caminho ainda fui assaltada (contei aqui no blog) e continuei chorando muito depois. Tenho certeza de que não era a creche, porque ele chegou a ficar em outra antes. Era o Matheus. Por isso, quando disse aqui que era uma violência, de forma alguma quero criticar a mãe que põe o bebê na creche, até porque provavelmente farei isso com meu próximo filho. Só que cada bebê é um e muitos (acho até que a maioria) não sofre, quem sofre é a mãe pela angústia de ir trabalhar e ficar se seu filhote, mas alguns sofrem, sim. Por isso, esse post é mais uma alerta para todas as mamães que ainda terão neném, que analisem todas as possibilidades e se possível tenham outras opções. Eu, por exemplo, respondia com toda convicção quando me perguntavam: "Meu filho vai ficar na creche", como se todo o meu plano fosse encaixar perfeitamente e não houvesse a menor possibilidade disso dar errado. Só que depois que você é mãe você percebe que não é assim que a banda toca. A banda toca conforme o seu filho responde, por mais que você seja uma pessoa super hiper planejada (eu!). Eu estava lidando com a saúde do meu filho. Até quando ele ficaria tendo otites repetidas e tomando antibiótico? E uma das causas lendo artigos na internet explicitamente era "convivência precoce em creches". Eu ia ficar negligenciando e colocando a audição do meu neném em risco? Claro que não.
Claro que o melhor dos mundos é a creche. Você não precisa ter hortifruti em dia, o bebê convive com outras crianças, se torna mais independente... mas quem é mãe sempre preza pelo bem estar do filho e, no caso do Matheus, o melhor está sendo a babá. Agradeço todos os dias a Papai do céu por ter conseguido uma pessoa querida para o Fofuchinho e essa transição ter ocorrido sem traumas. Hoje ele faz festa quando ela chega, muitas vezes tenho de levá-lo na rua com ela quando ela vai embora... fico muito tranquila. Chego em casa ele está sempre brincando com ela e bastante animado. Vocês não tem ideia do que passei quando ele estava doente direto e vendo sofrer cada vez que eu o deixava na creche. Até no trabalho já comentaram como minha aparência está melhor, que "não estou mais com o olhar angustiado". Claro, né, bebê feliz, mamãe feliz. :)
Hoje consigo trabalhar até mais tranquila, porque vejo o bom relacionamento que o Matheus tem com ela. Antes, por mais que quase todo mundo diga que "quem sofre é a mãe", eu ficava triste com a "violência" que eu fazia a ele mandando para a creche. Ele saía sempre meio apático, eu tinha de me esforçar muuuito para tirar um sorriso dele quando ia buscá-lo. Na última vez que ele foi, ainda em abril, na hora que saí ele chorava tanto, mas tanto, que vim todo caminho aos prantos, no meio do caminho ainda fui assaltada (contei aqui no blog) e continuei chorando muito depois. Tenho certeza de que não era a creche, porque ele chegou a ficar em outra antes. Era o Matheus. Por isso, quando disse aqui que era uma violência, de forma alguma quero criticar a mãe que põe o bebê na creche, até porque provavelmente farei isso com meu próximo filho. Só que cada bebê é um e muitos (acho até que a maioria) não sofre, quem sofre é a mãe pela angústia de ir trabalhar e ficar se seu filhote, mas alguns sofrem, sim. Por isso, esse post é mais uma alerta para todas as mamães que ainda terão neném, que analisem todas as possibilidades e se possível tenham outras opções. Eu, por exemplo, respondia com toda convicção quando me perguntavam: "Meu filho vai ficar na creche", como se todo o meu plano fosse encaixar perfeitamente e não houvesse a menor possibilidade disso dar errado. Só que depois que você é mãe você percebe que não é assim que a banda toca. A banda toca conforme o seu filho responde, por mais que você seja uma pessoa super hiper planejada (eu!). Eu estava lidando com a saúde do meu filho. Até quando ele ficaria tendo otites repetidas e tomando antibiótico? E uma das causas lendo artigos na internet explicitamente era "convivência precoce em creches". Eu ia ficar negligenciando e colocando a audição do meu neném em risco? Claro que não.
Claro que o melhor dos mundos é a creche. Você não precisa ter hortifruti em dia, o bebê convive com outras crianças, se torna mais independente... mas quem é mãe sempre preza pelo bem estar do filho e, no caso do Matheus, o melhor está sendo a babá. Agradeço todos os dias a Papai do céu por ter conseguido uma pessoa querida para o Fofuchinho e essa transição ter ocorrido sem traumas. Hoje ele faz festa quando ela chega, muitas vezes tenho de levá-lo na rua com ela quando ela vai embora... fico muito tranquila. Chego em casa ele está sempre brincando com ela e bastante animado. Vocês não tem ideia do que passei quando ele estava doente direto e vendo sofrer cada vez que eu o deixava na creche. Até no trabalho já comentaram como minha aparência está melhor, que "não estou mais com o olhar angustiado". Claro, né, bebê feliz, mamãe feliz. :)
Mamãe Musa queria mesmo era ser a babá do filho dela. Mas pelo menos isso ainda acontece nos finais de semana. :)