11 pessoas que a mãe de recém-nascido detesta

Aviso: O texto é recheado de ironias e exageros. Não é para ser levado a ferro e fogo. =)

1. Os ajudantes que não ajudam. Lembra quando você estava no terceiro trimestre da gravidez e todos os seus amigos próximos e parentes começaram a falar sobre como eles estavam prontos para ajudá-la assim que o bebê nascesse? Bem, o que eles não diziam é que "ajudar" para eles significaria fazer cute cute no bebê enquanto você se arrastava cansada ao redor da casa fazendo as tarefas que você pensou que eles pudessem fazer/ajudar. Tão útil, né? Agora você não precisa se preocupar em passar o tempo com seu precioso bebezinho recém-nascido enquanto ele está de bom humor. Eles vão fazer isso por você! Ah, e também não se preocupe porque eles vão dar-lhe de volta quando ele começar a chorar. 

2. Os visitantes que pensam que estão de férias. Estes são uma espécie pior dos ajudantes que não ajudam. Eles moram longe, não podem esperar para ver o bebê, vão ficar com você e "ajudar". Mas eles também esperarão que você os alimente em um momento em que você mal consegue SE alimentar. Eles não conseguem entender por que você está pedindo-lhes para colocar a roupa na máquina, já que eles estão de férias. E você tem alguma sugestão para programas que podem fazer à noite e voltarem para casa pisando forte e falando às 2 da manhã, quando você finalmente conseguiu dormir?

3. Os amigos que se atrasam. "Meio dia a gente tá passando aí e vai levar o almoço", eles dirão na noite anterior. Você pensa: "Obaaaaaaa, que maravilha!" Agradece e pensa que não precisa aprontar nada nem pedir comida, porque eles disseram que trariam. Às 11h, o neném pega no sono e você pensa: "Não, não vou aproveitar pra dormir, não, porque a galera deve estar chegando já, já." Em seguida, depois que passa de meio dia, você começa a contar o tempo que poderia estar dormindo e sua raiva começa. Por volta das 13h, a combinação de fome e sono já terá elevado sua raiva à enésima potência. Quando o pessoal bate à sua porta, você quase não consegue dar oi, só pensar: "Já roubaram meu sono, agora cadê minha comidaaaaaaaa!?!?!?!"

4. O vizinho que faz obra. Ele não tem culpa de sua licença ter coincidido com o planejamento dele, mas, definitivamente, conviver com quebra-quebra na cabeça em todo horário útil não é nadaaaa agradável. Acorda você, acorda o neném, parece que a obra está dentro da sua casa! Palavra de quem passou pela reforma do apto inteiro da vizinha de cima. Eu queria matá-la mas precisava sorrir quando encontrava.

5. O inventor do Google. Essa é uma outra coisa que você vai pensar que gosta, até te levar à loucura. Quando você chega em casa do hospital, tudo é estranho. Mesmo que seja parto domiciliar não é diferente. Você está sangrando, inchada e dolorida (talvez um pouco mais ou um pouco menos). Tudo o que o bebê faz é estranho e novo. Eles respiram de forma esquisita e aparecem com tudo que é tipo de erupção cutânea que são totalmente normais. No entanto, quando você procurar no seu celular as informações às 4 da manhã, tudo parecerá pior do que é. Respiração estranha e bolinhas na pele? "Meu Deus! Meu bebê tem asma e impetigo!!!". As probabilidades de que esteja tudo bem e você só precisa sair do Google são gigantes.

6. As pessoas doentes que cismam em visitar o neném. Elas aparecem na sua porta com coriza e tosse de cachorro. "Eu estava doente semana passada. Não é contagioso.", elas dizem. Outras vão culpar as alergias. Antes que você possa dizer: "Por favor, você poderia lavar as mãos?", elas já pegaram seu recém-nascido pobre indefeso. Quando espirram, você já pode imaginar os germes escorrendo de sua boca, em sua mão, e lambuzando o rosto da criança, como se você tivesse uma visão raio-x microscópica. É tenso! Preocupar-se com a possibilidade de o bebê ficar doente é a pior coisa. Lidar com um bebê irritadiço enquanto você está doente seria a segunda pior coisa. E a gente fica sem entender por que não podem esperar a melhora para a visita. Enfim...

7. A mãe que pensa que você faz tudo errado. Ela pode ser sua mãe, sua avó, sua tia, sua sogra, sua amiga... não importa. Importa que elas fizeram coisas de forma diferente, e, principalmente, CORRETAMENTE, então, por que você não faz da maneira dela? Arrrrrrgggg.

8. O marido que dorme profundamente. Durante os primeiros meses, a maioria das mães vai acordar até se o filho está respirando de forma diferente. A maioria dos pais, por outro lado, vai dormir tranquilamente, mesmo que o recém-nascido esteja gritando a 5cm da cabeça dele. Às vezes, não há nada que ele possa fazer, especialmente se ele está com fome e você amamentando. Mas você certamente vai ficar com muita raiva do sono profundo, especialmente se no dia seguinte ele reclamar de estar cansado (Do quê? Você nunca saberá).

9. As pessoas que ligam para seu telefone fixo. Em época de mensagens, whatsapp, celular que você pode deixar no silencioso... você se pergunta "por quêêê???" Só pode ser para acordar alguém: você ou seu bebê.

10. As pessoas que tocam a campainha. E sempre no pior momento. E sempre sem avisar. Você acaba de ter a chance de sentar no vaso em paz. Dim Dom!!! Você acaba de entrar no chuveiro pela primeira vez em um dia super quente. Dim Dom!!! Você acabou de colocar uzpeito pra fora pra amamentar. Dim Dom!!! Não dá, minha gente, não dá!!!

11. As pessoas que vão atrás de você amamentando sem serem convidadas quando você quer reservadamente um momento seu e do bebê. O bebê só vai mamar. Não vai te dar chance de interagir, de fazer cute cute, nada. Vai atrás pra quê? Pra irritar a mãe, só pode.

Mas e você? Concorda com algum? Com todos? Com nenhum? Tem algo a acrescentar? =)

*O texto é uma tradução livre minha de um texto da autora americana Allie G, com adaptações para nossa realidade no Brasil.

8 coisas que você não faz mais depois que é mãe

Ah, a maternidade... não é para todas, isso é certo. Mas quando é para a gente, a gente se esforça em criar bem e de forma justa. Tanto quanto eu amo ser mãe, já contei para vocês que às vezes penso sobre os bons velhos tempos de solteira, ou mesmo casada sem filhos, antes das noites picotadas e das birras em minha vida. Por mais que eu não queira mudar minha vida com os filhos por nada no mundo, eu perdi coisas simples, como dormir bem e não me preocupar com nada nem ninguém além de mim. Antes você até se preocupa com seus pais, por exemplo, mas só por amor, não tanto como se fosse responsável por eles. Então, resolvi enumerar 9 coisas que a gente não faz mais depois que somos mães. Vejam se concordam:

1. Ficar de boa sem se preocupar (e muito e exageradamente)

Você já se preocupa na gravidez, mas quando traz o neném para casa, começa a se preocupar com seu peso, se está mamando o suficiente, se você está produzindo leite suficiente, se vai machucar quando cortar as unhas, se a água está na temperatura boa para o banho... O bebê cresce e essas preocupações diminuem, mas vem novas no lugar.  Se dorme muito tempo, a gente se preocupa se está respirando. Se está levemente quente, a gente já pensa na febre. Se tosse um pouco diferente, a gente se preocupa se está sufocando. Se tem escada, a gente pensa que pode rolar e quebrar o pescoço. Se atravessa a rua, a gente segura com toda força pensando que vai aparecer um carro do nada. A gente se preocupa com as coisas mais ridículas e mesmo quando forem adultos, imagino que se ficarem sem dar notícia já vai rolar um desespero. Acho que isso nunca vai acabar.

2. Dormir direito

A primeira vez que o neném dorme a noite toda e você tem 8 horas de sono ininterrupto, você acorda, ajoelha no chão, glorifica ao Senhor e sente uma luz brilhante resplandecendo na sua face. Mas isso é quando os filhos estão pequenos e estamos tão privadas de sono que qualquer soninho resolve. Depois a gente tende a aumentar a exigência e mesmo que você durma mais cedo quer acordar um pouco mais tarde que 6h. E se seu filho é daqueles madrugadores, não tem dia útil, não tem fds, não, gata! O dia clareou, acorda que tá na hora. rsrsrs. E depois de adultos nem precisamos dizer né? Festas, preocupação com a noite, a violência... ai ai.

3. Terminar a lista de tarefas

Eu tenho uma lista de "coisas para fazer" eternaaaaaaa. Gente, eu não me esqueço de eu fazendo um curso de costura na gravidez do Matheus dizendo que, já que entraria de licença maternidade, ia ter tempo de costurar bastante. Estaria em casa mesmo, né? Só gar-ga-lhan-do. As tarefas em torno dos filhos e da casa são infindáveis. Quando você acaba de limpar um quarto, o outro já está sujo. Enquanto a louça está no escorredor secando, os pratos já começam a se acumular na pia. Mal você tá acabando uma máquina de roupa, o cesto já começa a encher, minha amiga! Todo mundo diz que as tarefas podem esperar, mas tem tanta coisa esperando, que sempre é tempo de fazer. rsrsrs

4. Sentar

Eu posso apostar que quando meus filhos percebem que vou sentar, é como se os olhos me vendo sentando enviassem uma mensagem para o cérebro deles obrigando-os a precisar de alguma coisa, qualquer coisa, só para evitar qualquer prolongamento daquele minutinho de pseudo relax. Sente-se no sofá e seu filho vai precisar que você limpe a bunda dele. Sente-se no jantar e misteriosamente a vontade dele beber água vai vir naquela hora. Sente-se no vaso sanitário e... bem, vamos falar sobre isso mais tarde. O fato é: eles podem sentir cheiro do seu relaxamento e isso é uma coisa que eles parecem odiar.

5. Xixi sozinha

Ok, talvez eventualmente você tivesse feito isso antes, na frente do seu marido, mas agora em boa parte dos próximos, sei lá, 6 ou mais anos, você é assistida pelo seu fiel companheirinho não eventualmente, mas frequentemente. Não importa se você está em casa ou em público, seu filho sempre estará lá com você. Sei lá porque eles têm esse prazer. Se você trancar a porta, poderá sentir a respiração daquele serzinho do outro lado só esperando você acabar. E em público, é melhor você usar o banheiro família, primeiro por segurança, e segundo porque se fosse seguro deixar a criança do lado de fora, provavelmente você sairia e encontraria a pia cheia de papéis toalha misturados com sabonetes líquidos, porque, afinal de contas, tudo pode virar brinquedo.

6. Comer sem dividir

Uma confissão sem vergonha (talvez culpa): você vai precisar comer chocolate com a porta trancada. Esconder! Você também vai ter de abrir a porta da geladeira com cuidado para que seu filho não veja aquele doce lá dentro que ele adoraria comer, mas é uma bomba de açúcar. A culpa vem quando eles já conseguem perguntar o que você está comendo e você precisa responder um legume ou fruta qualquer que venha à cabeça. Porque se você for pega no flagra se deleitando com sua delícia, prepare-se para dividir pelo menos metade com seu filho. Para eles é óbvio e você é obrigada. É ótimo para quem quer emagrecer, mas se você estiver na TPM, pode não ser tão ótimo assim. rsrsrs

7. Promessas falsas

Você pode até dizer para suas amigas que um café na sexta-feira parece ótimo, na quinta estar exausta e mudar seus planos (não sou dessas, viu, amigas??? hahaha). Você pode prometer que vai fazer uns quitutes para receber uns amigos em casa e na hora pedir comida... mas experimente dizer a uma criança que vai fazer alguma coisa e depois não fazer. É motivo suficiente para começar a terceira guerra mundial. Não importa se está chovendo, importa que você disse que iria ao parquinho. Nenhum raciocínio lógico é suficiente para explicar uma promessa desfeita a uma criança, não importa se grande ou pequena. Melhor se precaver e comprar uma capa de chuva. rsrsrs

8. Amar qualquer outra coisa mais do que seus filhos

A despeito de todas as noites sem dormir, as birras, as lutas, as conversas insistentes tentando educar, o cansaço... você nunca vai amar nada mais do que seu precioso filho. Para você, apesar dos erros, eles são perfeitos e a melhor coisa que você fez em toda sua vida. Você até pode tentar amar algo mais do que seu filho  (acho que ninguém tenta hahaha), mas você nunca conseguirá, a menos que a maternidade não seja feita para você. E normalmente não é o que acontece. 

lembramos que aqui fizemos a lista trabalhada no exagero. Claro que no caso das promessas, por exemplo, às vezes rola, sim, uma negociação e eles entendem. Então não é para levar a ferro e fogo. Mas vamos fechar os 10 itens? E você? O que acrescentaria? =)

A licença maternidade está acabando e agora?

Esse texto não foi escrito por mim, mas pela psicóloga Livia Marques, que também é mãe. Livia é psicóloga clínica desde 2008 e atualmente atende na área clínica crianças, adolescentes e adultos, tendo como principal objetivo melhorar a qualidade de vida dos pacientes. Ela vai escrever para nosso blog quinzenalmente e hoje saiu o primeiro artigo. :)

Qualquer dia conto minha experiência nesse assunto, que não foi nada fácil! E você, tá passando por isso? Se quiser, pode me contar para desabafar. :)

"Acredito que muitas de nós mães já se deparou com essa situação: A licença está acabando e agora?
Já no início digo o seguinte: Não é padrão todas sofrerem pelo fim da licença maternidade. Algumas mamães se sentem bem em voltar e outras não. Isso dependerá de cada uma de nós. E nem por isso uma é melhor ou pior do que a outra. Simplesmente cada uma é ÚNICA, apenas.

Hoje no nosso país algumas empresas adotam 6 meses de licença maternidade, infelizmente apenas algumas. Acredito que na maioria dos casos as mamães possuem apenas 4 meses de licença o que já faz com que o pensamento de antes mesmo da criança nascer seja: “Preciso fazer as contas para ficar um pouco mais de tempo com meu bebê antes de voltar a trabalhar.”

Voltar ao trabalho após a licença pede um bom planejamento para que a mamãe consiga realizar seu trabalho e também dar conta do bebê. Essa “maratona” (eu chamo de maratona, pois é algo cansativo e puxado) pode causar em algumas mães desgaste físico e emocional.

Algumas mães sentem um prazer muito grande em sair de casa e ver outras pessoas, conversar com outras pessoas, se arrumar para sair e ir trabalhar. Isso não é pecado, apenas é um bem estar para essa mulher que tem um ritmo diferenciado, ela é assim. Essa mamãe quando acaba seu expediente no trabalho corre para abraçar e ficar de chamego com seu bebê.

Há outras mamães que não suportam a distância do bebê na volta ao trabalho e pedem demissão para ficarem com seus filhos, aqui eu poderia dizer apenas, mas não é APENAS. Essa mãe também trabalha em casa, tem outros papéis. Digo que essa mulher precisa se adaptar agora a possíveis reajustes quanto à vida financeira da família (em alguns casos, não são todas) e também à diminuição de contato social (ainda bem que hoje temos as redes sociais que nos auxiliam um pouco).

Em ambos os casos há desgaste, seja ele físico ou emocional. Como eu disse cada uma é ÚNICA e acredito que todas querem oferecer o melhor para esse bebê e aproveitar o máximo. Aproveitar com QUALIDADE é muito importante, pois caso contrário não adianta quantidade de tempo.

Então vamos juntas pensar em como fazer esse fim da licença maternidade ser menos dolorido?

O seu bebê ainda não consegue identificar que ele é um ser separado de você. Já percebeu que quando você se distancia dele, ele fica procurando por você e em alguns casos até chora muito? Aqui em casa com a minha bebê mais nova é assim também (ela tem 6 meses). Então uma dica: Tente fazer aquela brincadeira de se esconder e aparecer para seu bebê. Outra dica importante é você sair rapidinho e deixá-lo com alguém de sua confiança. Exemplo: Se vai ao mercado ou padaria, verifique a possibilidade de ter alguém com ele(a). Isso fará com que essa separação vá acontecendo gradativamente. Pode ter choro? Sim. Tanto dele(a) quanto seu.

Verifique como serão os cuidados com o bebê na sua volta ao trabalho. Com quem ele ficará? Na creche? Com a avó? Babá? Como será feito isso?

Se a opção for creche, conheça as suas opções e também condições financeiras para escolher o que for melhor para vocês. Sinta confiança. Se a opção for alguém da família, também tenha confiança na pessoa com quem estará deixando seu bebê. O importante é você ir trabalhar “tranquila”(vocês entendem meu tranquila, não é?), sabendo que seu bebê está em um local ou com uma pessoa com quem você pode contar. E outra muito importante: Você tem alguém que esteja com você? Companheiro, companheira. Então vamos envolver esses outros neste momento de volta ao trabalho.

Algumas pessoas dizem: “Isso passa eu já passei por isso, outras pessoas também e ninguém morreu.”  Pode até ser, mas cada uma sabe a dor, a angústia que está sentindo. Cada pessoa irá lidar de uma forma, ok? 

Se você é aquela mamãe que pediu demissão para ficar com o bebê, saiba que você também precisa de apoio e carinho. Sua rotina não deve ser muito fácil, não é? Para as duas mamães, um recado: sintam-se abraçadas por mim. Este mundo da maternidade é mesmo cheio de informações e pontos de interrogação. Mas é tanto amor envolvido que tudo vale por eles.

Um grande beijo e nos vemos por aí."

Livia Marques
Psicóloga e Coach
CRP: 05/37353


Contatos: 21 997136690/ 21 25672545

A blogueira pode acrescentar um adendo ao texto? Ainda tem aquela mamãe que não tem necessidade de sair para trabalhar por ela mesma, que preferiria ficar em casa, mas precisa daquela renda e se separa do seu bebê forçosamente porque não pode abrir mão do emprego. Quem se identifica? 

Acho que sou uma farsa

Tenho um blog de maternidade e estou em crise com a maternidade. Sou uma farsa. Sou a mamãe Musa, mas tenho sentido uma tremenda falta da Musa. Em princípio e como sempre acontece com todas as mães para conseguirmos sentir menos culpa nos desabafos, devo dizer que amo meus filhos de todo coração e não consigo me imaginar sem eles. Mas considerando que no blog posso expor minha alma, pois sou seguida por outras mães que também veem o lado B da maternidade, vou falar para vocês, está beeeem difícil. 

Sinto que não consigo me organizar. Me sinto no meio do caos. Olho para os lados, tem tanta pendência que não acaba que sinto vontade de sumir, às vezes. O fim de semana passa, pouca coisa produtiva consigo fazer, chega de novo a semana "útil", em que preciso "terceirizar" o cuidado dos meus filhos a uma escola, já que trabalho em horário integral, a rotina me consome e eu acabo não me sentindo boa e por inteiro em nada. Percebo que ainda existe uma condescendência com as mães de recém-nascido - "Tadinha, os primeiros meses são tão difíceis, né?"-, mas se passou essa fase, você não tem mais abono para reclamar. Não. Não são só os primeiros meses os difíceis. 

O Matheus está em uma fase que me pede coisas o tempo todo. O tempo inteiro mesmo. Ouço "mãe/mamãe" em loop infinitas vezes e sempre com um pedido, para não dizer, uma imposição, clássica dos 3 anos. Tem hora que me sinto uma barata tonta porque nem sentar eu consigo. Educo, peço para esperar, volto a falar o que posso e o que não posso fazer, o que pode ser naquela hora ou não. Mas pouco funciona. Aliás, ele até deve absorver alguma coisa imediatamente, mas passam alguns minutos já está pedindo de novo. A Giovanna muitas vezes chora sem eu saber exatamente do que se trata. Na maioria das vezes a gente tenta se conectar e consegue perceber o que é, mas nem sempre, principalmente quando estamos com menos paciência. E nesse caso o choro irrita, incomoda. 

A chuva impediu de sair para dar um passeio. Tinha horas que minha casa parecia um hospício, os dois chorando, os dois gritando. Eu sempre acudo os dois, mas e quando eu choro, quem me acode? Se esperar a sociedade te acolher, minha amiga, você vai se frustrar. Quantas vezes você já ouviu alguém dizer que está em crise com a maternidade? Deve ser, no mínimo, pecado grave. O máximo que a gente escuta é: "Estou um pouco cansada, mas compensa, porque é muito bom ser mãe, né?" ou algo parecido. E diante dessa afirmativa de que a satisfação é infinitamente maior que a insatisfação se perdeu a chance de duas mães desabafarem, darem as mãos, se abraçarem, saberem que não estão sozinhas e que encontraram outra mulher em quem confiar e dizerem que sim, naquele dia, está muito mais difícil do que bom. Mas não. Quem tem de se ninar, se acolher, é você mesma, que precisa respirar fundo, saber que o mundo não para porque você está em crise, exausta e demandada demais e seguir em frente. 

Ontem, eu tinha tanta coisa para fazer na casa e cuidando deles, que, das 6 refeições que eu preciso fazer para ganhar peso (perco com muita facilidade), só consegui fazer 3, mesmo assim a última foi dividida com a Gio, que já tinha comido, mas sempre tem curiosidade no meu prato. Pode acontecer o inverso com você. Você ganhar peso com facilidade e não conseguir perder justamente porque os lanches práticos são os mais calóricos e não dá tempo de fazer algo saudável. De toda forma, quem sai perdendo é a gente, pois as refeições deles estão sempre prontas na hora certa. Minhas unhas passaram o fim de semana descascadas, pois sempre que eu pensava em pegar rapidinho a acetona para tirar, tinha uma prioridade na frente. A casa está entulhada e eu precisava retirar o que eles não usam mais, por exemplo, roupas, sapatos, brinquedos... e nisso o tempo vai passando.

Falando em casa, e a (des)organização da casa??? Vai você desabafar com alguém? Há vários selinhos na internet falando disso. "Minha casa não está arrumada, mas estou muito mais feliz". Eu também estou mais feliz, mas por causa dos filhos, não pela minha casa bagunçada. Vamos separar as coisas. Não me sinto nem um pouco feliz pela casa bagunçada, cheia de farelos e migalhas de pão e biscoito molhados e cuspidos que grudam no chão. Não me sinto feliz por fazer refeições entrecortadas e menores e com menos frequência do que eu gostaria. Não me sinto feliz por só conseguir tomar banho no final do dia e muitas vezes dormir com o cabelo sujo porque já é tarde demais para lavar e secar. Não me sinto feliz por no final de semana precisar acordar cedo até com enxaqueca porque eles acordaram a noite toda e depois conseguirão compensar dormindo de dia, eu não. E eu poderia acrescentar muita coisa, mas o texto ficaria grande e vitimista demais (falando nisso, peço perdão pelo dramalhão, mas é super sincero).

Eu me sinto feliz por ter filhos, mas esses bastidores são penosos, sim. Mantenho o blog/página por mim, porque me satisfaz, justamente para me sentir gente, já que é algo de que gosto, porque de resto, vivo para os filhos. Mesmo assim, há semanas estou tentando fazer vídeos também, porque sei que isso me aproxima dos leitores. Estou há maior tempão prometendo fazer um sobre alergia à proteína do leite da vaca, justamente para ajudar outras mães que passam por isso, por exemplo. Consegui? Não. Há semanas estou tentando criar posts no blog mais enriquecedores, sem serem traduções de texto estrangeiros de que gosto ou desabafos como esse, mas algo útil do tipo "o que fazer com seus filhos em um fim de semana chuvoso?" Consigo tempo? Não. Queria também algum tempo para tomar um vinho e conversar com o marido. Consigo? Não. Eu acho que por conta de eu trabalhar o dia inteiro, o Matheus fica grudado comigo (o que é bom), mas só vai dormir na hora em que eu durmo (o que é ruim). Giovanna dorme coisa de meia hora antes só. Já tentei de tudo, criar rotina, ir para o quarto antes com eles, conversar, contar história, rezar e nas poucas vezes que eu achei que consegui, não dava 15 minutos e pelo menos o Matheus voltava para sala para dizer que queria ficar comigo, isso quando a Giovanna não chorava do quarto porque sentiu que eu não estava mais. Tento aceitar que eles precisam de menos sono do que as tabelas de sono pregam, porque os dois dormem menos, dormem tarde e acordam cedo, tiram uma sonequinha de nada durante o dia, muitas vezes em revezamento, e eu sigo me sentindo exausta. Por esse turbilhão de sentimentos, muitas vezes depois que eles dormem, estou tão sufocada que nem consigo dormir, desabo a chorar.

Ontem aconteceu. O dia acabou, hoje eu teria de trabalhar o dia inteiro e eu não tinha feito metade do que eu queria fazer. Falei para o marido exatamente o que falei acima: "sou uma farsa". Falei que não podia ter um blog de maternidade se eu tinha essas crises. E que não me sentia boa em nada que eu fazia, não me sentia por inteiro, só pequenas partes. Tentando consolar, ele respondeu que o blog fazia sucesso justamente porque eu falava a verdade, que a maternidade não é um comercial de margarina e que era normal essas crises acontecerem com uma boa mãe que acha que está fazendo menos do que gostaria porque meu dia, como de todas as pessoas, só tem 24h. Que postar as alegrias é bem fácil, mas dar a cara a tapa postando as fraquezas era confortar pessoas humanas como eu, e não criar na internet uma vida de dar inveja e... falsa. 

Talvez, como ele falou, eu não seja mesmo uma farsa. Eu não sei, na verdade, qual nome se dá a uma mãe que se sente assim. Mas das coisas que sei, sei que queria ver um filme, acompanhar uma série. Sei que queria ir ao shopping, ir à praia, ir a uma barzinho, mesmo que não fosse pra beber (só bebo vinho), mas pra tomar um abacaxi com hortelã e jogar conversa fora ouvindo uma música. Comprar coisas para mim. Ver tutorais de maquiagem sem interrupções e aprender a ficar mais bonita. Passar cremes no rosto e no corpo todos os dias. Ver fotos de decoração e ter tempo de aplicar na minha casa. Colocar uma mesa posta. Fazer artesanato sem me preocupar em alguém virar a tinta ou colocar na boca e engolir um botão do lado. Costurar. Aprender coisas novas. Cozinhar sem correria. E mais de um monte de coisa que o momento impede. Julguem como quiserem, classifiquem como quiserem, mas eu, mesmo não sendo mais uma mãe de recém-nascido, ainda sinto que meu tempo é de qualquer outra atividade ou pessoa, menos meu. Sinto falta de administrar o meu tempo do meu jeito. Sei que tudo passa e saber disso faz passar minhas crises, mas não posso negar: sinto falta de mim. 

25 sinais de que você é mãe

Não sei se você já percebeu, mas eu já, que há muitos indicadores que nos definem como mães e, literalmente, nos diferenciam de qualquer outra criatura na Terra. Então hoje vamos falar de alguns sinais de que você é uma mãe. Será que você vai se identificar?

25 sinais de que você é uma mãe

1) Você em nenhum momento ouviu seu nome real, mas acenou ou atendeu imediatamente.

2) Você já cantou "A Galinha Pintadinha" com o mesmo entusiasmo que uma vez cantou "Pintura Íntima" (Fazer amor de maaaaadrugada)

3) Mentir não é o melhor, mas é uma opção, como em  "Sinto muito, agora o parquinho está fechado", "Você tem que colocar essa roupa, porque não deixam entrar na festa com a que você escolheu", "Você está certa, você canta e dança tão bem como a Beyoncé", "Não, não tem picolé na padaria hoje."

4) Você tem algum tipo de mancha na roupa que você não tem ideia de onde veio.

5) Uma escavadora poderia rolar no seu quarto e você nem sequer se mexer, mas poderia decifrar o som de uma fungada às 4h da manhã, do outro lado da casa, sem babá eletrônica, no meio de uma tempestade de trovões.

6) Você dá a volta no quarteirão de carro algumas vezes só para prolongar o sono de alguém que está dormindo no carro.

7) Você naturalmente cai no sono cantando o alfabeto ou tentando descobrir como imitar um pintinho.

8) Você tem um arsenal de táticas vergonhosas para convencer os outros seres humanos a comer ("olha o aviãããão", "tem uma festa na sua barriga, vamos mandar comidinha para eles"). Por que alguém faria essas coisas loucas?

9) Você é plenamente capaz de ter conversas durante o sono e elas podem ser tão lúcidas quantos as que você tem quando está acordada.

10) Há um dedo no seu olho, seu ouvido, ou até seu nariz, e o dedo não é seu.

11) Você recentemente foi convidada a olhar o cocô de alguém ou a avaliá-lo por alguma ou nenhuma razão.

12) Você repete ou pensa nas coisas que você jurou que nunca diria: "Eu já falei isso para você!", "Eu avisei", "Um dia você vai me agradecer", simplesmente porque eles estão te tirando do sério e você quer um minuto de paz, o que é mais valioso do que qualquer juramento que você tenha feito a si mesma quando era pequena.

13) Você vive em um mundo em que "talvez" significa não e "vamos ver" significa quando o inferno congelar, mas de alguma forma aqueles que convivem com você não entenderam isso ainda.

14) Você pode cortar o sanduíche em muito mais formas do que dois triângulos.

15) Você pensa em fazer xixi, toma banho, ou dormir sabendo que há uma possibilidade remota de isso acontecer sem companhia.

16) Você se sente mais ocupada do que todas as outra pessoas juntas.

17) Pode haver um brinquedo em sua bolsa.

18) Você consegue segurar uma criatura viva da qual você normalmente fugiria gritando.

19) Você comprou um carro com base no que poderia caber no porta-malas.

20) Você é incapaz de se lembrar o que comeu no café da manhã mas lembra de cada super herói da Liga da Justiça ou dos Vingadores ou das princesas da Disney, ou dos personagens da Galinha Pintadinha...

21) Você sabe a dor que é pisar em um LEGO.

22) Você não consegue completar uma refeição sem ser interrompida, pelo menos, com a necessidade de responder algo, isso se não precisar levantar.

23) A tela do seu celular vive suja, para não dizer nojenta.

24) Uma noite bem dormida é como ganhar na loteria.

25) Você tem um amor tão forte, tão louco e que te consome tanto... que só pode ser entendido por outra mãe.

E você, acrescentaria o quê? =)

Adaptado de http://www.thesuburbanjungle.com/25-signs-youre-a-mom#sthash.l16krWrj.dpuf 

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...