Eu não sei dizer tchau

Hoje tô meio cabisbaixa. Estou me despedindo de quem trabalhou comigo por quase dois anos, que cuidou do Matheus quando eu voltei a trabalhar e que foi minha mão amiga quando eu mais precisei de ajuda com meus filhos. É difícil desapegar de quem gostamos, por isso hoje estou assim mais ou menos... :(

A boa notícia para vocês é que tenho experiência para contar dos dois lados: filho com babá, filho na creche. E uma hora vou colocar isso em post. Deixa eu só curtir uma melancolia ali um pouquinho, voltar do fim de semana renovada com meus pimpolhos e aí eu vou ter gás pra escrever tudinho. Tá bem? Me abraça de novo? Essa semana eu tô que peço abraço, né?  Rsrsrs. 

Beijinhos e bom fim de semana proceis.

O segredo está na conexão... Será?

Então, o dia ontem foi muito mais doce... Aí vocês me perguntam, como a minha amiga Mayra me perguntou hoje, o que eu fiz de diferente. E eu respondo: NADA. Na-da. Nadinha mesmo. Aliás, não fiz nada de diferente ontem, mas talvez o choro aparentemente sem causa do dia anterior ter sido meio que ignorado por mim (o que o fez agir depois como se nada tivesse acontecido) ou ter ouvido o "sermão" que não tinha motivo para chorar o tenha feito parar pra pensar duas vezes em fazer de novo no dia seguinte. 

Durante o dia, a mesma amiga acima (Obrigada, May!) me enviou uma mensagem dizendo que tinha lido meu texto, me abraçando virtualmente (Aliás, obrigada todas! Muitas o fizeram e como isso foi importante pra mim, vocês nem imaginam!) e perguntando se eu conhecia o site Conexão Pais e Filhos. Que lá eles tratavam alguns choros como uma espécie de desconexão e não como birra ou afronta e que precisavam de um adulto que fosse seu porto seguro para que pudessem extravasar suas emoções (Oi, eu mesma!) e encontrar um ponto de equilíbrio. Era mais ou menos isso. 

Agradeci ao ET que tinha abduzido o meu Matheusinho, como brinquei no texto anterior, por ter pedido à Mayra pra me dar esse toque e lá fui eu procurar ajuda nos textos do blog. Então encontrei um que reproduzia um comportamento que claramente poderia ser do Matheus. Basicamente eu entendi que a criança muitas vezes passa por várias coisas durante o dia e não pode extravasar sua raiva e quando chega em casa é que "coloca pra fora". Então aquele choro chaaaaato que acontece vários dias pode ser um acúmulo de emoções guardadas, ou causado por uma disputa de brinquedos em que ele perdeu, ou causada por a professora ter chamado atenção porque gritou com o colega, talvez, sei lá, coisas que aconteceram ao logo do dia... 

Fato é que ele pode estar sendo contrariado e vivendo emoções novas sem saber lidar com isso e aí chora. A questão é como vou me portar diante disso e, sabendo que é uma desconexão, eu preciso mostrar que estou ali com ele e que daqui a pouco vai passar. É claro que para seguir essa linha de pensamento é preciso acreditar que isso está certo porque pressupõe estar muito zen para acompanhar fazendo cara de paisagem uma crise de choro "sem causa" (aparentemente) sabendo que você (aparentemente) não tem nada a ver com isso e só quer dar atenção, amor e carinho.

Concomitantemente, eu estava achando um contrassenso esse comportamento em casa sendo que na escola, como contei aqui, ele passa a maior sensação de criança feliz e contente, sempre risonho e tagarela. Como essa percepção foi de uma professora que não é a dele, ontem cheguei à escola e a primeira coisa que fiz foi conversar com a professora dele, contar o que estava acontecendo e se ela notava algo errado. 

Ela falou que lá ele estava perfeitamente normal, sem nenhuma alteração de humor, super ativo e interagindo muito bem, como sempre. Fiquei muito, muito feliz porque pelo menos ele está com o comportamento reclamão comigo (o que me deixa triste, é verdade), mas socialmente ele está muito bem, obrigada. Afinal, essa é a nossa missão como pais e mães, certo? Criar cidadãos que não sejam estorvos para a sociedade, que saibam ajudar, interagir, colaborar, serem simpáticos e bem humorados. 

Só que fica aquela pulga atrás da orelha, né... Então o problema do safadinho sou eu??? Ele quer me testar o tempo todo mesmo! Calma, calma, Musa, lembre do texto e da paciência e de como criar com conexão supõe não classificar o comportamento como manha ou birra, mas ajudar os filhos a colocarem os sentimentos ruins para fora e voltarem a viver em paz com ele e com os que os cercam. 

Finalmente, a quem interessar possa, segue o texto que me incentivou a, quem sabe, ter uma postura diferente diante daquele choro, ainda que irritante, importante para reconectar o meu filho à essência de principezinho que ele sempre terá. :)


Quem ler, conta pra mim o que achou! Vamos nos ajudando que tem sido ótimo. São nossas experiências que mostram o que podemos fazer para melhorar numa grande corrente solidária maternal com amor e sem julgamentos. :)

Devolvam o meu Matheusinho

Porque o meu Matheusinho foi abduzido por extraterrestres ou foi escondido por gnomos ou transformado por alguma bruxa má. Em vez dele, deixaram um menino pirracento, que quer atenção o tempo todo, não cede nem um pouco e quer suas vontades atendidas o tempo inteiro. Se não, ele faz birra, joga as coisas longe e chama quem quer que esteja perto de feio ou bobo. 

"Ah, é ciúme da irmã." "Ah, é uma fase." Sei que ele é apenas uma criança, MAS ACHO UMA PUTA INJUSTIÇA EU TER DE PASSAR POR ISSO. Quem me conhece sabe que sou a rainha da paciência com crianças, não falo alto, não grito, é difícil eu perder o controle. E aí me pergunto se o problema não é justamente esse. Se eu tinha de ser mais rígida, ou se, no popular, tinha de cagar e andar, deixar pra lá, não dar atenção. Sei lá! 

Fico com um ar de ingratidão e é como se todo amor que eu diariamente dê ou ofereça seja demais. Que a atenção exclusiva antes da irmã só tenha criado uma criança mimada que não aceita ser contrariada. NÃO É COMO SE EU FOSSE ALGUÉM DESEQUILIBRADA, GENTE! Apesar das letras em caps lock, juro que não. 

Eu sempre estou tentando entender. Sempre estou atenta aos desejos e necessidades dele. Nunca diminuí a atenção pra ele, além da natural, como na amamentação, pela chegada da Giovanna. Deixo de ir aos lugares se o Rafael não vai pra não correr o risco de ele pedir colo e eu não poder dar por muito tempo colo aos dois.

Mesmo com todos meus esforços, tô passando por uma fase tensa com ele. Ele tem alguns momentos dóceis e amáveis mas vou confessar que são poucos atualmente. No geral, ele tá ou reclamando, ou falando resmungando, ou chorando. E eu fico me perguntando qual meu problema? Onde que eu tô errando? A verdade é que me sinto UMA INCOMPETENTE assim com letras maiúsculas cada vez que ele tem esse tipo de comportamento. 

Exemplo: Eu tô penando pra tirar a chupeta dele, né? Estou dando só na hora de dormir porque ainda não consegui transpor essa barreira, ainda não estou preparada para os ataques de histeria que ele vai dar no pré-sono, e ele pede muito a chupeta o tempo todo depois que chega da escola, porque lá não tem. Aí já começa muitas vezes a choradeira. Eu negando e ele chorando quando nego. Então começa a saga do choro noturno. 

Ontem, sei lá por que esqueci a chupeta em algum lugar que ele alcançou. Ele com a chupeta na mão vem me pedir: "Mamãe, chupeeeeta", já com uma irritante voz de choro. "Filho, a chupeta está na sua mã-ão..." respondo rindo e brincando. O danado jogou a chupeta longe e fez cara feia. Virou as costas, sentou no sofá e começou a gritar pedindo a chupeta. Falei: "Filho! A chupeta não estava na sua mão???" Com tom mais firme. Ele começa a chorar e gritar: "chupeeeeeta, chupeeeeeta." Falei: "Ah é? Agora que você não vai ter a chupeta mesmo. Você nem poderia estar com a chupeta agora porque é só na hora de dormir e ainda tá fazendo pirraça??? E continuou chorando. 

Nisso Rafael chegou e ele lá chorando. Rafael fez aquele olhar pra mim de "de novo isso?" porque essa situação está frequente. Foi lá falar com ele calmamente: "Filho, por que você está chorando?" Ele continuou chorando sem responder. Nisso eu já estava tão irritada que falei: "Olha só, Matheus! Você não tem motivo pra chorar! Você não está sentindo dor. Você tem tudo na mão. Você tem toda a atenção de uma família que te ama! Para de chorar que o que você está fazendo tá muito errado! Você está deixando a mamãe triste porque a mamãe chegou do trabalho cheia de vontade de brincar com você e você não quer brincar com a mamãe! Você só quer reclamar, chorar, sem motivo! Quer a chupeta, chupa a chupeta! Quer comer alguma coisa, fala, responde, sem chorar! Mas do jeito que tá não dá. Se você continuar chorando você não vai ter nada da mamãe. Nada!" 

Dei as costas e ele começou a chorar. Chorou, chorou, chorou até cansar. Nisso já era perto da hora de dormir, eu super estressada, aí do nada ele "melhorou" e veio conversar comigo, tomou o leite e dormiu "bem". Mas depois que ele dormiu eu ainda fui chorar pra extravasar todo o sentimento de incompetência que eu estava sentindo.

Tá brabo, gente. Isso pra não contar todas as vezes que bate na irmã, que puxa as coisas da mão dela com força de propósito. Por isso sei que muito do comportamento é pra chamar atenção, porque quer atenção exclusiva. Pode ser uma fase, mas gente, eu posso até considerar isso, mas não tomar isso como regra. Ele precisa saber o que é certo ou errado, precisa saber que o mundo não gira ao redor dele, precisa saber que eu o amo demais e loucamente, mas ele não é o centro do universo. Quem precisa ensinar a ele sobre certo e errado, dar os limites, educar, sou eu! Mas tá muito difícil. Cansa.

Se você é mãe de um bebê mais ou menos na idade da Giovanna, que já não acorda mais a noite inteira, que interage com você e que não testa seus limites de paciência, só de cansaço, aquele neném que tá no auge da fofura, deve ter chegado a esse ponto do texto me julgando loucuras. Eu também era assim quando me diziam das crianças na fase do terrible two antes de ser mãe ou com Matheus bem novinho. "Noooossa, mas como que ela fala do filho assim, que não está aguentando, que é sacrificante..."  Você não é obrigada a saber mesmo. E espero sinceramente que seu filho não tenha esse comportamento perto dos dois anos porque nenhuma mãe que faz de tudo pelo seu filho merece ser testada desse jeito.

É um desafio, minha gente! São quase todas as noites ensinando o que fazer. Muito mais uma educação chata, orientações necessárias, do que prazer. Quando passo mais tempo com ele, nos finais de semana, acaba que esses momentos se diluem mais nos momentos bons porque ele tá uma figurinha, né? Falante, cheio de pérolas e novidades. Brincamos, nos divertimos. Mas quando acontecem muitas noites seguidas assim, eu fico realmente mal, me achando super incompetente como falei lá em cima.

Enfim, sei que é uma fase, que vai passar, que outros problemas maiores talvez virão. Mas eu preciso desabafar pra não infartar e pra que outras mães que também estejam passando por isso não se sintam sozinhas. Não acho que "reclamar" me torna menos amorosa ou merecedora do que quem não reclama. Acho que me torna mais humana e me aproxima das outras mães, sendo solidária aos problemas da maternidade que todas têm. Me abraça aí, pufavô. E ET, se não for pedir muito, manda de volta o meu Matheusinho, aquele só carinhoso e encantador, sem pirraças ou showzinhos. Fico no aguardo. Obrigada, viu?

Mamãe Musa já tá bem da bursite no quadril. Obrigada pelas mensagens. :)

A síndrome da segunda-feira materna

Toda segunda-feira sinto muita saudade. Acho que com toda mãe é assim. Mas tem dia que a saudade dói daquele jeito bem doído, que dá nó na garganta, que fica prestes a desencadear uma crise de choro. Tipo como dói o amor de quando a gente ama muito. Parece que os filhos sabem quando você está mais sensível e te dão um sorriso ainda mais bonito de manhã. Hoje deixei-os na creche assim: sorridentes, felizes. E eu tô aqui cabisbaixa de vontade de ficar com eles. Nem inspiração tô conseguindo de tanto aperto que tô sentindo. Engraçado que o trabalho da mãe na maioria das vezes é um descanso depois do final de semana agitado, correndo e brincando junto com eles, arrumando comida, banho, mamá, tudo no tempo e na hora. A hora de sair então é uma loucura. Temos de prever as fraldas, as mudas de roupa, a alimentação e todo o aparato além maternidade. Se for pra uma festa, os presentes. Se for pra um piquenique, as outras comidas, repelente, bola... Se for para o clube, bóia, roupa de banho, filtro solar,... E claro, carteira, celular e, principalmente, câmera para babar nossa cria. Tudo é tão cansativo, mas feito com tanto amor. E que antítese gera acordar numa segunda-feira "útil". Útil para o trabalho, mas tão inútil para a maternidade. Quanto vazio deixa em mim entregá-los de manhã cedo na escola. Até sei que vou descansar fisicamente, mas quanto tempo vou ficar longe deles até sexta-feira? Quanto vou perder das inéditas gracinhas da Giovanna e das novas pérolas do Matheus? É difícil. A vida moderna é muito injusta com a maternidade.

Acho que a síndrome da segunda-feira depois dos filhos é infinitamente maior que aquela de fim de domingo que sentimos antes de ter filhos, afinal, a de domingo, sente mais quem não gosta do trabalho. Até sente quem gosta do trabalho mas vive uma vida de lazer intensa, quem aproveita a vida com prazer fora do trabalho. Mas a síndrome da segunda-feira materna não deve ter quem não sinta. Tem a ver com amor, não com preguiça. Tem a ver com sentimento, não só com preferência. Tem a ver com aquele amor incondicional difícil explicar que nos faz querer estar perto o tempo todo. Tem a ver com o tempo que não volta e não conseguiremos substituir. E parece que nunca vai acabar, seja estando na escola ou em outro lugar. E ainda teremos tanto a enfrentar na longa estrada da maternidade... tantas separações, tantas ausências. Aí é que a gente volta ao trabalho pra não ficar de cabeça vazia e sofrer só de pensar.

No final acho que esse texto ficou muito melancólico... não era pra ser assim e não combina comigo. Mas como os textos refletem também nosso estado de espírito, talvez hoje eu não esteja muito bem. E a grande verdade é que enquanto nós mães somos o porto seguro, eles são nossa fortaleza... e nos dias em que não estamos bem é quando mais precisamos deles.

Eu e eles curtindo uma festinha no sábado

Mamãe Musa só quer que o dia termine bem, parafraseando a cantora.

Tatuagens para os filhos

Eu não sou muito fã de decisões definitivas, com raras exceções, e por isso, apesar de achar bonito tatuagens femininas, em especial as pequenas e delicadas, nunca tive coragem/motivo para fazer. Quando Matheus nasceu, tive a vontade e o motivo perfeito: um filho que era algo mais que definitivo em minha vida. Por que não?

Porque minha mãe era contra e o discurso materno é importante à beça pra mim mesmo depois dos 30 anos, pronto, falei, me julguem! Rsrsrsrs. Minha mãe não gostava, quando disse que ia fazer ela mandou na lata "faz logo uma na bunda!" e eu desanimei (hahahaha, foi mal, manhêêê). Também, sabia que ia ter outro filho e não liguei pra ser naquele momento. 

Depois que a Giovanna nasceu, uma amiga postou as iniciais das filhas com letras tão delicadas (oi, Sandrinha!) e a vontade surgiu de novo. Além disso, vi uma letra muito bonita tatuada em uma colega da academia que foi mais um reforço pra eu saber que queria mesmo. Nunca tive medo da dor, apesar de ter sido a primeira pergunta da maioria das pessoas depois que fiz. Então resolvi encarar. Faltava a "arte". 

A ideia de juntar o M de Matheus com o v no meio de Giovanna formando um coração foi do papai Rafael. A sugestão do desenho de coração que coubesse perfeitamente no meio das letras veio da minha amiga Tati em uma conversa aleatória qualquer no whatsapp. A arte ficou fofa e atendendo exatamente ao que eu queria.

Além disso, eu precisava escolher o lugar. Pra mim fazia todo sentido ser do lado esquerdo. Além de ser o lado do coração, sou canhota, então meu lado esquerdo é o mais importante. Se era pra ser pequenina e de um lado só, achei o punho um bom lugar. Seria minha eterna pulseira. E assim, surgiu a minha tattoo. :)


Meu punho com a mãozinha dos homenageados. <3 
O M de Matheus e o v no meio de Giovanna formam um coração que, com o punho mais relaxado como é de costume e menos esticado como saiu na foto, fica mais fechado.

Eu salvei do Google as tatuagens que me inspiraram na busca da minha. Olhem só que bonitinhas: 

Essa é a minha preferida, da Bruna Monteiro, do site Mãetamorfose.

Adoro essa também, porque sou fã de laços. Da Letícia do blog Berro de Mãe.

Eu já gostava da outra da Angélica com a inicial dos dois meninos e achei essa em homenagem à filha super delicada, adorei o traço.

Essa era minha ideia se eu fizesse nas costas, ia fazer esse desenho com os batimentos para um lado e para outro e no fim dos batimentos os nomes, mas achei que ficaria muito comprida e eu queria do lado esquerdo como expliquei no texto.


Essa achei no site Bagagem de Mãe e o nome da dona é Vivian Cola, mas não sei se ela é blogueira... Apesar de essa homenageada se chamar Gabriela, achei tudo a ver com a minha Gigi, já que Giovanna é Joana em italiano. :)

Quando fui contar para minha avó, a reação foi ainda melhor: "vê se agora para de ter filho, se não vai ficar toda rabiscada!" Respondi que fiz no punho e com letra pequena para ter ainda o antebraço inteiro pra escrever... tá bom pra vocês? hahaha. Tô brincando, parei nos dois. :P

No fim, todos gostaram, mesmo os que eram contra. E vocês, gostaram? Têm alguma com esse significado? Me contem! :)

Mamãe Musa não achou que doeu tanto quanto depilação na virilha. Bom parâmetro? Rsrsrs

Pão Escuro Mamãe Musa

Como prometido ontem no Instagram, segue receita do pão integral que fiz ontem para receber uns amigos. Só para mim normalmente eu faço um pão 100% integral. Mas a verdade é que o pão fica mais gostoso e fofinho, menos massudo, se levar um pouco de farinha branca. Então, como anfitriã, prefiro colocar alguns ingredientes que fazem parte do dia a dia da maioria para não correr o risco de desagradar com a "naturebice". Foi o caso nesse pão da farinha de trigo normal e manteiga. De quebra, além dos amigos, consegui agradar o Matheus, que é super chato exigente pra comer, e pediu mais!



Vamos ao que interessa:

Ingredientes:
3 tabletes de fermento biológico fresco (45g)
1 e 1/2 xícara (chá) de água morna
1/2 xícara (chá) de açúcar mascavo
3 colheres (sopa) de manteiga derretida
2 xícaras (chá) de farinha de trigo integral
1 colher (sobremesa) de sal
2 xícaras (chá) de farinha de trigo
Farinha de trigo para enfarinhar
Margarina para untar

Em uma tigela, misture todos os ingredientes, exceto as farinhas. Acrescente as farinhas, aos poucos, amassando até ficar homogêneo. Transfira a massa para uma superfície enfarinhada e sove. Deixe descansar por 1 hora. Divida a massa em duas partes iguais. Abra com um rolo, enrole em formato de pão e coloque em uma forma untada. Leve ao forno médio, preaquecido, por 40 minutos. Retire e sirva.

Ooooooouuuu

Faça como a Mamãe Musa, taque tudo na máquina de pão, primeiro os ingredientes molhados, depois os secos, ligue a máquina, aguarde em torno de 3 horas e, tcharaaaammmm, coma!

Nhami!

Mamãe Musa se especializando em lançar o raio gourmetizador. ;)

Se ele é muito feliz, eu sou a mais feliz do mundo!

Atenção: Trata-se de um post de exibição total porque eu não consegui guardar isso só pra mim, precisei compartilhar. :D

Ontem cheguei à creche e como sempre fui buscar a Gio antes do Matheus porque se não, tenho de descer escada com os dois e mais as bolsas, já que o berçário é no andar de cima. Cheguei lá e ela estava dormindo, então falei que buscaria meu outro filho pra brincar um pouco no pátio e que se ela acordasse era pra me chamarem, assim não precisava atrapalhar o soninho dela.

Como combinado, fui brincar com ele no parquinho do pátio sem Gigi no colo. Nisso passou uma professora e mexeu com ele: "Oi, lindo!" Ele andava distraído em um velotrol e não ouviu. Chamei sua atenção pra ela: "Filho, a tia tá falando com você..." Ao que ela responde com empolgação:

"Quê??? Você é mãe dele? Eu sabia que você era mãe da "neném cabeluda, de sobrancelha quase juntinha" que já é maravilhosa, uma boneca, e agora você me diz que é mãe desse menino feliz?!?!?! Nossa, que coincidência, eu estava falando hoje com uma colega aqui, o Matheus é muito, muito feliz, quando não está sorrindo, está gargalhando, ou brincando, ou conversando com a gente. Como ele é tagarela, né? Ele nunca chora, dá pra ver que ele é muito feliz. Parabéns pelos seus filhos, muito lindos!"

Gente... depois do que passei na adaptação desse menino na escola, de tanto choro dele e meu na licença maternidade, da minha angústia de saber se estava fazendo a coisa certa, ouvir isso foi um alento e tanto pro meu coração. Contei isso pra ela e falei que tinha ganho o dia. Que ela nem imaginava o bem que tinha me feito. :)

Ver os filhos felizes se torna missão depois que você é mãe, né? Nada pode nos deixar mais realizadas. 

Qualquer dia eu conto sobre a adaptação dele depois de ter ficado com babá e todo o processo para chegarmos até aqui. Bom Carnaval!



O não desfralde ou como nem os super heróis tão dando jeito

Eu já falei por aqui que tentei iniciar o desfralde com o Matheus, né? Isso aconteceu porque no ano passado, quando passou a adaptação na escola, ele viu alguns amiguinhos indo ao banheiro fazer xixi e pediu para ir também. Chegou a ir algumas vezes ao vaso, a professora acompanhou, me comunicou que poderíamos começar o desfralde, pediu para ele ir de sapato/sandália/chinelo de plástico e levar mais bermudas. Fiquei toda animada. Assim fiz e tentei ir iniciar em casa também, como deve ser. Isso foi lá pra novembro. Mas eu nunca vi saindo xixi do pinto do menino em frente ao vaso, gente. Nunca nunquinha. Em casa ele jamais fez. Eu pedia para ele ir ao vaso e ele respondia: "Tá, mamãe, depois." Pedi ajuda da mãe de um amiguinho da escola já desfraldado porque eu podia estar fazendo algo errado. Ela me sugeriu não dizer para ir fazer, mas para falar que iríamos ver se tinha xixi. "Vamos ver se tem xixi, filho?" Nem assim. Aí conversei com outra. Ela falou que o dela amava adesivos e cada vez que ia ao vaso, podia colar adesivos. Que o banheiro estava cheio de adesivos mas que se tinha resolvido, era o que importava. Claro! Coisa de mãe, né? A gente quer é solução.

Pensei: Do que Matheus mais gosta? Bola e super heróis. "Matheus, comprei uma bola nova! Vamos fazer xixi no vaso? Depois mamãe desce pra jogar bola com você." "Não, mamãe, depois." Às vezes até agradecia: "Não, mamãe, depois, obrigada." Tipo, obrigada por se importar mas não, não, não me interessa agora. E nesse processo, eu já estava desconfiando que era para "competir" com a irmã.
Aí, no auge dos meus pedidos sem uma resposta afirmativa sequer, comprei duas camisas, uma do Super Homem, outra do Capitão América. Dei a do Super Homem e falei: "Filhoooo! Se você fizer xixi no vaso, a mamãe te dá uma igual do Capitão Américaaaaa! Olha que legaaaaaallllll!" "Camisa do Capitão América??? Legal, mamãe!!! Depois eu faço xixi no vaso então, tá?" Nem os já conhecidos e santos super heróis deram jeito. Aí passava um tempo eu chamava de novo, a menasmain oferecia a camisa chantageando descaradamente a criança e ele continuava negando. Lá pela minha quinta tentativa, tive a confirmação da minha suspeita. Meu brilhante e esperto menino me responde: "Mamãe, dá a camisa do Capitão América pra Gigi. Ela faz xixi no vaso." Choquei, gente! Só faltou mandar um faz o seguinte depois do "mamãe" da frase anterior.

Então conversei com a professora e expliquei que do jeito que algumas crianças regridem no desfralde quando o irmão chega, provavelmente no caso dele iria atrasar, que eu não estou com pressa e que precisaríamos de mais paciência. Enquanto ele não aceitar fazer em casa, eu vou oferecendo mas sem forçar ou qualquer outra coisa que o faça se sentir pressionado ou não o deixe à vontade para realizar esse grande marco no tempo dele. Afinal, esse é um marco de independência dos pais porque quando troco a fralda é tempo que ele tem garantido comigo. Inclusive já houve vezes de eu estar limpando a Gio de cocô e ele ao mesmo tempo me comunicar que está fazendo também, tipo acaba a dela logo que agora é minha vez de ficar contigo. Ele também já falou algumas vezes: "A Gigi não fez cocô no vaso, né, mamãe..." quase com um tsc, tsc, ao fim da frase, com ar de reprovação. Eu sempre respondo que a Gigi é pequenininha e que quando ele era nenenzinho como ela, ele também fazia só na fralda. Que ela faz isso porque não consegue pedir a mamãe, já que não sabe falar, e nem se equilibrar para fazer no vaso, já que não sabe andar. E que inclusive é ele que vai ensinar a ela como fazer xixi no vaso, já que ele é um rapaz e ela uma neném. Abafa que depois ele vai insistir para ela fazer em pé porque ele é bastante metódico, mas isso é lá pra frente e aí pensemos nisso depois rsrsrs.

Tô agindo certo, gente? Que que cês acham? Têm sugestões? Brigada!

(P.S: Tô escrevendo várias coisas como contando com vocês na fala, por isso tá cheio de palavra escrita errada mas acho que fica tão natural assim. Posso continuar? Beijo!)

Sabedoria de fofuchinho

Sabem aquele princípio 90/10 de Stephen Covey? Já ouviram falar? Aquele em que 10% da vida estão relacionados com o que se passa com você e os outros 90% estão relacionados com a forma como você reage ao que se passa? Pois é. Ontem senti isso na pele com a maternidade. Lembram aquela crônica do cocô em que eu fiz uma graaaça outro dia? Ontem aconteceu de novo, a mesma coisa, até um pouco menos, e se transformou em crise de choro, muito choro. E o choro era meu. Eu saio carregada com eles da creche. É muita mochila, a própria Gigi no colo. Quando tirei da cadeirinha do carro e vi que tinha acontecido de novo, fiquei chateada. Fiquei pensando se era a fralda que estava mal colocada, se era ela que estava se mexendo demais na cadeirinha que ela odeia e sempre chora... sei lá. Vi aquele cocô caindo de novo pela perna dela e minha blusa. Depois descobri cocô até na orelha. Acho que ela chutou lá pra cima um bocadinho. Tentei subir da garagem para casa rápido e o Matheus me acompanhou. Ao sair do elevador, ele travou. 

- "Filho, vamos logo, sai do elevador, por favor, porque a mamãe está carregada de peso." (voz normal)
- "(cara de paisagem)"
- Filho, por favor, vamos, a Gigi fez cocô e a mamãe tem de limpar, dá licença. (voz mais alterada)
- Não, mamãe, eu vou ficar aqui. (com cara de safado desafiador)
- "Matheus, por favor, sai daí que eu tô cheia de peso, meu filho, a porta do elevador tá pesada também, vem pra cá!"  (voz mais irritada)

Claro que ele não entendia o que era estar pesado e não se sensibilizou com minha situação. Mas resolveu obedecer e saiu devagarzinho. Larguei a porta do elevador (que realmente é pesadíssima, aquelas pantográficas) muito estressada. Entrei em casa e fui limpar a Giovanna. Matheus veio atrás de mim falando: "Mamãe, eu também estou fazendo cocô."

Por ter percebido que ele está disputando a atenção com a irmã, pedi para a professora enviá-lo de fralda para casa, já que ele não estava aceitando ir ao vaso nenhuma vez e a situação de se sujar todo em casa estava frequente. Acho que era quando ele relaxava, na chegada a casa, seu ambiente, e ele acabava fazendo antes mesmo de ir ao vaso. Por isso, ele estava de fralda ontem. No dia da Cocrônica, ele estava sem fralda, a situação foi ainda pior. Mas ontem eu que estava pior.

Meu dia não começou bem por um assunto nada a ver com eles nem com família, depois cheguei no trabalho e o prazo para concluir um processo estava acabando, eu dependia de outras pessoas para isso e não conseguia encontrá-las, o chefe estava cobrando e eu sem ter como entregar, a saudade dos filhos na segunda-feira estava maior por causa do fim de semana intenso, enfim, meu espírito ontem estava mais frágil. Cheguei em casa com muita vontade de abraçá-los, brincar com Matheus, apertar a Gigi, e a minha recepção foi um tanto conturbada. É, filhos não são brinquedo e alteram planos, mesmo que os planos fossem apenas brincar no chão da sala, eu nem estava exigindo tanto assim...

Depois de limpar os dois, deixei a Giovanna na sala para fazer xixi e ela começou a chorar. Tá numa fase de ansiedade de separação tão grande que eu virar as costas pra ela já é um grande drama. Pô, se você tem consciência de que está fazendo o melhor e que só ia atender a uma necessidade fisiológica sua e o neném chora, isso irrita. O choro naturalmente irrita. Não irrita de raiva, são meus filhos, eu os amo, mas me tira do eixo, sabem? Dá aquele nervoso que me faz perder um pouco o controle.

Liguei pro marido perguntando se estava chegando. Ele ainda estava saindo do trabalho. Pedi para que viesse o mais rápido possível porque eu não estava bem. Brinquei mais um pouquinho com eles, cheia de fome, mas não comi para evitar o choro da Giovanna que implorava pela minha onipresença. Matheus pedia sem parar biscoito da vaquinha. Ofereci fruta e ele não quis. Ontem não deu para insistir. Que fosse o biscoito da vaquinha, contanto que sentássemos no chão pra brincar, apenas brincar, sem choro, sem grito, sem escândalos.

Rafael chegou e perguntou se estava tudo bem. Pegou a Gigi e eu desabei. Comecei a chorar. E Gigi também porque tinha saído do meu colo. Ele percebeu que não era uma boa hora pra deixá-la ali e me socorreu. Murmurou com ela algo como: "Não, filhinha, agora você não pode ficar com a mamãe", e foi distraí-la com outra coisa. Nisso Matheus ficou do meu lado: "O que foi, mamãe???" Continuei chorando e não respondi. "O QUE FOI, MAMÃE???" Ele gritou meio desesperado. Continuou: "Você tá dodói?" Lembrei que uma vez li que não devemos chorar perto das crianças porque elas podem pensar que estamos chorando por causa de algo que elas fizeram. Lembrei também do Princípio 90/10 e que eu não estava chorando por causa delas e sim pela forma como eu estava reagindo. Eu não tinha controle sobre o choro da Gio e nem sobre a constante disputa de atenção do Matheus. Estou certa de que faço o que posso para isso não acontecer. Mas haverá dias em que isso vai acontecer independente do que eu faça. E quem vai determinar a minha reação sou eu. Respondi que estava chorando porque estava cansada. Ele retrucou: "Você não está cansada, mamãe. Você está bem." E foi a partir dali que eu fiquei bem mesmo. Obrigada, filho.



Mais amor e menos julgamento

No mundo materno existem dois tipos de julgamento: aquele que parece apontar o dedo para quem faz diferente do que a gente fez e aquele que critica sem piedade quem fala abertamente sobre como é difícil ser mãe às vezes. Sobre o primeiro, já existem muitos textos. É sobre o segundo que vou falar.

Outro dia li um artigo sobre maternidade que citava um certo livro, "Eu era uma ótima mãe antes de ter filhos" ou algo parecido, procurei para comprar e estava esgotado. Será que é porque quase a totalidade das mães se identifica com o título? 

Vi também no facebook uma charge com número incrível de curtidas, a de uma criança fazendo pirraça, em que antes de ser mãe a mulher pensava como aquela mãe não fazia nada pra conter aquilo e depois de ser mãe abraçava a outra e falava algo como "fica assim não..." Certamente o sucesso da charge mostrava que em algum momento já pensamos dessa forma, tanto antes quanto depois. 

Eu até achei que isso tinha a ver com ser mãe de primeira viagem e que depois de ser mãe eu já não julgaria mais. Ledo engano. No sétimo mês de gestação da Giovanna, com infecção urinária, fui ao consultório do meu urologista. Ele ainda não sabia da gravidez e tinha filhos com a mesma diferença de idade dos meus, um ano mais velhos. O tempo de consulta foi menor que o tempo de desabafos. Ele parecia estar sufocado e as palavras saiam fluindo como um rio em enchente.

"Nossa, você vai ver a loucura que é. O trabalho não é em dobro, é em triplo, em quádruplo, sei lá. Às vezes minha casa parece um hospício. O mais velho está morrendo de ciúme da mais nova. Várias vezes fiquei tão alucinado que comecei a descontar na minha esposa: 'você não devia ter esquecido de tomar a pílula. Não era hora de ter o segundo agora!' Pra você ter ideia, marcaram pra mim uma viagem em um congresso nos EUA e tô feliz da vida porque vou ter férias de casa. Me colocaram em um voo que com as escalas tava dando 24 horas no total. Liguei pra lá reclamando, dizendo que se não mudassem pra um voo melhor eu não iria. Mentira pura, tá maluco, no estado em que estou eu vou de qualquer jeito, nem que tenha escala lá no Japão pra voltar depois!"

Fiquei assustada, estranhei, pensei: "nossa, que exagero!". Julguei, cuspi pra cima e o cuspe caiu na minha testa.

Nos primeiros meses, naqueles dias de caos, eu só lembrava do Dr. Ricardo dizendo que o trabalho não era dobrado, era muito mais, e que a casa parecia um hospício. Tinha dias em que os dois choravam ao mesmo tempo. Ela, por motivos normais de bebê que não sabe falar. Ele, por ciúme querendo meu colo e pela pirraça clássica do terrible two. Eu, com vontade de me jogar pela janela. E o marido me ironizando dizendo que era pra eu pensar bem porque se eu me jogasse, eu seria culpada por filhos órfaos porque ele também se jogaria já que não tinha a menor condição de sobreviver à loucura sozinho. Alguém tinha de fazer piada no momento tenso. Hoje consigo rir, mas na época me dava ainda mais nervoso e, depois de conseguir acalmá-los, eu chorava de culpa por achar que não estava sendo a mãe que eu queria ser. 

No auge do meu nervosismo, de estar aprendendo a ser mãe de dois, eu estava pensando exatamente como o médico que eu outrora havia julgado. Estava sendo exatamente como ele disse que seria. Quando alguém me contava que estava grávida do segundo, meus pensamentos eram um misto de "parabéns, que felicidade!!!" com "caraca, tá ferrada!". E depois de pensar assim eu muitas vezes desabava em culpa. Algo do tipo 'Eu amo meus filhos mais que tudo, como posso estar pensando assim?' Pra piorar, é difícil alguém que publicamente fale dessa dificuldade em lidar com os sentimentos não tão bons que a maternidade pode provocar de vez em quando. Depois de estar quase surtada com o cansaço de administrar dois bebês praticamente, eu abria as redes sociais e dava de cara apenas com declarações fofinhas, fotos no estilo comercial de margarina e até algumas vezes críticas indiretas a quem reclamava dos percalços da maternidade. Meu alento era uma única amiga que postava algo que estava mais perto da minha realidade com a hashtag #maternidadesincera. Mesmo assim, parecíamos duas em meio a um monte de mães que só tinham coisas boas pra contar: nenhum cansaço, nenhuma sujeira, nada estragando seu imenso prazer com a  maternidade.  Ou éramos mães de quinta categoria ou havia muita mentira e omissão.

Como tenho certeza absoluta de que não sou perfeita mas faço o melhor pelos meus filhos, dou tudo de mim, prefiro pensar que o que acontece é a omissão e vergonha de admitir que somos mães reais.

Pra falar a verdade, no meu meio social, nas minhas rodas de amizade, eu não consigo encontrar uma mãe ruim sequer. Atualmente todo mundo tem filho porque quer, todo mundo mata um leão por dia para fazer o possível e o impossível para ver seu filho feliz e bem criado. Quando erra foi querendo acertar. Mas ainda percebo um grande tabu em falar dos pontos fracos e exibir as dificuldades da maternidade na imensa maioria.

Fazendo analogia a uma profissional, ainda que esta trabalhe com o que ame e seja plenamente realizada, sempre haverá alguma coisinha, por menor que seja, que não causará tanto prazer. Um atleta campeão que tem o esporte como sua vida e ame praticá-lo, certamente deve ficar de saco cheio alguns dias em que precise treinar sem hora pra acabar até que realize tal atividade/movimento com precisão. Por que então a cobrança com as mães? Por que julgamos quem abre o coração para desabafar do lado negro que muitas vezes nos faz querer férias da maternidade para que pudéssemos voltar com mais entusiasmo e por que não, com um amor de mais qualidade? Essa pergunta faço pra mim também. Já aconteceu e certamente em pensamento vai voltar a acontecer. 

Por isso escrevo esse texto como uma forma de lembrete para mim. Desejo que essa reflexão esteja sempre em nosso coração para que não usemos nosso amor só com nossos filhos mas também com as outras mães, que tanto dependem do nosso apoio. Muitas vezes, elas só precisam de mais amor e menos julgamento para que consigam ser a mãe que gostariam de ser.


Ser mãe é &*%$

Do dicionário informal, foda:
1 - Difícil, complicado.
"A prova que fiz ontem foi a mais foda da semana."
2 - Frustrante, desapontador.
"Aquela viagem foi foda, furamos dois pneus e não chegamos ao destino."
3 - O melhor, ótimo, demais.
"Aquele filme é foda, mereceu mesmo ganhar o Oscar."
4 - Muito legal, divertido, bacana.
"Adorei conhecer sua irmã, ela é foda!"

Depois dos quatro significados, alguma dúvida de que ser mãe é foda?

Mamãe Musa está se sentindo filósofa de boteco. :P

Ele soube explicar por que chorava sem eu saber

Inúmeros episódios já aconteceram provando que meu neném não é mais um neném. É uma criancinha, quase um rapazinho. Hoje aconteceu mais um deles e foi de madrugada, ele dormiu e eu fiquei naquela contemplação do sono dele pensando em como o tempo passa...

Matheus acordou chorando à noite. Eu fui atender e ele continuou. Eu perguntei porque era e ele prontamente como um adulto respondeu choramingando:

- Meu ouvido tá doendo, mamãe."

Eu fiquei naquele misto de sensações: pena por ele estar sentindo dor e orgulho por meu menininho já conseguir identificar com palavras por que chorava.

Por isso que antes de ser mãe a gente não entende umas coisas bobas. Eu lembro, por exemplo, quando ele pela primeira vez assoou o nariz em resposta ao meu pedido! Que beleza! Eu não precisava mais ficar torcendo pra secreção ficar mais fluida com toda a quantidade de soro que eu colocava porque ele próprio, independentemente, conseguiu expelir o catarro.

E como antes ele só identificava quando eu perguntava, como aconteceu uma vez ele respondendo o que doía ("o pescoço", querendo se referir à garganta), foi muito significativo hoje ele de cara já responder o que o incomodava.

Pra minha alegria, de manhã a dor havia passado, ele não deu febre, nem nada. Até imagino que de repente foi o ouvido entupido que ele não soube precisar o que era (vamos com calma também, né?!) ou mesmo pressionado de mau jeito no travesseiro. O que ficou foi a corujice da mãe encantada pelas conquistas que vão acontecendo dia a dia...

Mamãe Musa aceita lencinhos de fornecedores que queiram experimentar quantos secam bem as lágrimas emocionadas. :)
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