Desde a minha gravidez, quando tive obra, faculdade, mudança, trabalho, tudo misturado, nunca tive muito tempo de escrever no blog. Quando sobra tempo, acabo me dedicando mais às leituras que à escrita, que me exige tempo e inspiração. Procuro registrar as fases, descobertas e conquistas do Matheus em fotos e vídeos (quando ele deixa, pois vê meu celular ou câmera e fica doido querendo pegar) para não perder o que não está registrado pela escrita. Nas minhas leituras e estudos sobre maternidade/maternagem, sempre querendo me aperfeiçoar na delícia de ser mãe, se é que é possível, encontro textos que são verdadeiros primores da psicologia maternal. Por isso e também para não deixar o blog morrer, na esperança de que um dia eu consiga postar com mais regularidade rs, vou compartilhando por aqui um pouco do que leio e gosto. O texto abaixo é uma aplicação na maternidade do que sempre tentei fazer na vida, o famoso bordão "faça com os outros o que gostaria que fizessem com você." O texto é caricatural e os exemplos meio toscos, inclusive questiono um pouco a parte do "arcar com as consequências". Acho que é preciso corrigir, sim (com amor, claro) e orientar que de uma próxima vez a criança seja mais responsável. Enfim, a despeito dessa pequena discordância, o importante é a mensagem principal. Espero que gostem. :)
por Jan Hunt, Psicóloga diretora do "The Natural Child
Project"
"Trate os outros do modo como você mesmo gostaria de ser tratado"
Seria esclarecedor aplicar essa "Regra de Ouro dos Pais" a alguns métodos comuns de disciplina, supondo-se que um casal estivesse "na mesma situação" em que essa disciplina costuma ser aplicada às crianças.
1. Castigo físico
Sem querer a esposa derruba café no paletó novo do marido. Ele bate nela.
Será que a esposa vai ter mais cuidado com as coisas dele no futuro? Ou será que ela vai dar queixa por agressão?
2. Ficar de castigo
O marido começa a discutir com um amigo que está de visita. A esposa fala: "Não fica bem discutir com seu amigo! Não vou aceitar isso! Vá já para o quarto e fique meia hora sentado lá !"
Será que o marido vai aprender a discutir menos? Será que a vergonha da situação vai colocá-lo na linha? Será que ele vai ter vontade de se desculpar com o amigo?
3. Arcar com as conseqüências
A mulher sai de carro, esquece de encher o tanque e a gasolina acaba. Ela telefona para o marido pedindo que ele vá com seu carro até o posto e lhe traga a gasolina. Ele se recusa, explicando que ela precisa aprender a arcar com as conseqüências de seus atos e a ser mais responsável.
A próxima vez que a gasolina estiver acabando, será que a esposa vai lembrar de encher o tanque? Ou será que vai estar ocupada demais com fantasias de divórcio para pensar em coisas de menor importância como a manutenção do carro?
4. Contar até 3
A esposa lembra o marido, que está lendo o jornal depois do jantar, que é a sua vez de lavar os pratos. Ele murmura um "HumHum" e continua lendo. A mulher diz com firmeza: "lave os pratos já! Vou contar até 3: 1-2..."
Será que assim o marido vai ter vontade de colaborar com sua esposa? Ou ele vai concluir que se casou com uma louca? E ele vai se sentir minimamente querido?
Todos esses métodos de disciplina parecem ridículos, vistos por esse ângulo. A razão disso é que nossa sociedade determinou que crianças e adultos reagem de acordo com princípios diversos de comportamento. Esse engano é perigoso. A verdade é que as crianças, como os adultos, têm mais disposição para colaborar com quem os trata com gentileza, respeito, compreensão e dignidade. O único "método" que faz sentido em um relacionamento humano, seja com uma criança ou com um adulto - é o amor incondicional.
Em nossa sociedade, temos feito a pergunta errada. Perguntamos "quais são as regras que funcionam com as crianças, quais são as que funcionam com os adultos?" Felizmente, a realidade é bem mais simples: todos os seres humanos comportam-se tão bem quanto são tratados. A idade não faz diferença.
O melhor que os pais podem fazer para ajudar seus filhos a se tornarem adultos amorosos e responsáveis é lembrar a Regra de Ouro dos Pais: "Trate seus filhos do modo como você gostaria de ser tratado se estivesse na mesma situação". É uma regra simples, direta e eficiente. E não precisamos perder tempo pensando qual a idade da pessoa antes de aplicar a regra. Ela serve para todas as idades.
Mamãe Musa acaba de lembrar que esqueceu de postar sobre o dia dos pais... atrasado, serve?
Educar realmente é muito difícil. Nunca sabemos quando estamos acertando ou errando... É impossível acertar 100% do tempo. E de fato, a única coisa que é certa é o amor incondicional.
ResponderExcluirBeijos
Musa sabe que meu maior medo é ñ saber lidar com a questão da educação do meu filho, pq a cobrança por eu ser professora é grande!!
ResponderExcluirAdorei o texto!
beijos