A escolinha do Fofuchinho e as mudanças que isso causa


Primeiro dia na creche: percebam a equidade de gênero, menino também brinca no fogãozinho :)
 
O tempo passou e os enjoos também, graças a Deus! No último post, reclamei do desconforto que estava sentindo nessa segunda gravidez, minha neném me ouviu e me deu uma trégua. Já pedi desculpas pela reclamação mas expliquei que mamãe precisava estar bem para cuidar dela. Tenho até conseguido fazer as fotos semanais da barriga. Consegui só da metade da gestação pra cá porque antes era muito desânimo causado pelo mal estar. Agora está tudo bem e vamos falar do primeiro neném, o Matheus. Quem me acompanha no Instagram (@mamaemusa) sabe que o Matheus entrou na escolinha. Na verdade, eu falo escola para já acostumar assim, mas é creche porque o Matheus ainda não pode entrar no maternal, só em 2015. Para entrar no Maternal esse ano, ele teria de fazer 2 anos até 31/03, de acordo com o MEC. Matheus é de maio e ainda entrou no berçário, em uma creche perto de casa, meio expediente, para a babá conseguir buscar. Ela se tornou muito querida para toda nossa família e, por isso, resolvi mantê-la cuidando do meu bem mais precioso (do lado de fora da barriga hehehe).

Como coincidentemente eu estava com o braço imobilizado por uma tendinite, na primeira semana consegui fazer a adaptação e foi uma beleza! A dona da creche, muito atenciosa, me informou que ainda era novidade e que, nessa idade, poderia haver uma recaída nas semanas seguintes, mas que se isso acontecesse, precisávamos insistir que logo ele se adaptaria. E assim aconteceu... na segunda ele não foi por uma febre leve que alterou bastante seu humor. Ainda não tenho certeza sobre o que foi, mas acho que foram os dentes lá de trás que têm causado muito incômodo, dedos na boca e babação. rs. Segunda à noite ele já estava bem e terça voltamos à programação normal. Quando chegou, chorou para entrar. Distraímos com as brincadeiras e os amiguinhos e tudo ficou bem. Dessa vez quem ficou na adaptação foi a tia Cláudia (babá). Ela tem acompanhado tudo para me ajudar, já que, por conta de ter passado muito mal no início da gravidez, estou muito negativa no banco de horas do trabalho e não posso mais me ausentar. Além disso, semana passada não trabalhei por conta da tendinite. É, a mãe da vida moderna tem de dar conta de tudo! Que correria!

Na quarta e quinta ele entrou bem, só chorou na hora de ir pra sala (quer ficar no parquinho) e na hora de comer. Sempre foi ruim de experimentar coisas novas, só come em casa e na escola não foi diferente. Come só umas 3 colheradas de almoço, cospe, faz ânsia de vômito, enfim, dá trabalho, e nesse início sempre temos de reforçar a alimentação em casa quando chega... também teve uns retrocessos: na hora de tirar a roupa chora, chora e chora muito sentimentalmente puxando a camisa para baixo. Quando consigo tirar, ele aponta para a camisa/short pedindo e tentando colocar de volta (chorando). Eu e Rafael pensamos em algumas coisas: primeiro, a óbvia, ele não quer tomar banho com desconhecidos e estava trazendo isso também para dentro de casa, já que antes nunca teve problema em tomar banho. Segundo, eles têm tirado a camisa para comer e como ele não gosta de comer, associa com a refeição... sei lá, né, não dá pra saber e ter controle... Mas nesse caso, se fosse só pelo banho, como explicar o "apego" à roupa, chegando ao ponto de ele apontar para o varal, ver as roupas e começar a chorar de forma muito sensível? Pensamos que de repente ele disputou brinquedos com algum coleguinha e agora tem medo de que as coisas dele (tipo a roupa) sejam tiradas dele. A mãe fica aqui morrendo de preocupação, chego ao ponto de acordar de madrugada pensando nisso. Já conversei na creche sobre esse comportamento e falaram que não houve nada do tipo que pensei, só que, realmente, desde a primeira vez ele oferece resistência para tirar a roupa. Então, pode ser mesmo algo dele, sei lá, uma forma de reagir às mudanças que estão acontecendo. Opiniões? Sugestões?

Fora isso, o sono... ah, o sono. Meu Fofuchinho estava dormindo a noite inteira. Sempre teve dificuldade em pegar no sono e dormir, brincava com as mãos, com os pés, me dava cabeçadas, tapas, me abraçava... aleatoriamente. Agora deu pra chorar na briga contra o sono. Chora, chora, chora para dormir. Esmurra a porta do quarto pra sair. Eu respiro fundo para manter o controle e converso: Filhinho, agora é hora de dormir. Você está cansado, vem dormir com a mamãe, vem?! Abraço, beijo, converso baixinho, mas o espetáculo continua. Mantenho na cabeça o mantra "paciência, paciência..." E ele chora, chora, chora. Em algum momento, já no escuro, ele se cansa de chorar, deita com o nariz todo congestionado do tanto que chorou e apaga. Acorda como se nada tivesse acontecido, de bom humor. É, são as mudanças na vida do meu pequeno tesouro... Além da briga pré-sono, voltou a acordar à noite. Essa noite foi comparado à recém-nascido, muitas vezes, e só parou quando eu dormi do lado agarrada, abraçada, porque mesmo que eu atendesse, ao perceber que eu não estava mais grudada, vinha aquele chorinho de reclamação.

Minha ideia ao colocar na escolinha foi ele ter contato com outras crianças, já que na família materna ele reina absoluto e a família paterna mora longe. Quero que o nascimento da Giovanna seja um acontecimento mais normal e não uma ameaça. Com essa "estratégia" não tenho a ilusão de que ele não vá sentir ciúmes, mas acho que pode amenizar o estranhamento pela chegada da irmãzinha. Será? Não sei. Só sei que depois dessas alterações causadas pelo início da vida escolar, posso esperar algumas mudanças também no comportamento trazidas pela nova neném. O fato engraçado, já que estamos falando da creche, foi que a secretária de lá perguntou à outra menina qual era o nome da irmãzinha, Matheus nem estava na conversa, virou para a moça e mais que depressa respondeu: "Gigi". Na hora morri de amor e fiquei mais que encantada. Tomara que a materialização da Gigi na vida dele seja de muito mais amor que ciúme. Aguardemos os próximos capítulos.

E vocês, quais mudanças tiveram na vida dos filhos? Escola, chegada de mais um? Me contem. :)

Mamãe Musa quer acreditar que não é a única angustiada com tantos sentimentos a administrar. :P

5 comentários:

  1. vc sabe que de filhos eu nada entendo mas imagino que a mudança de rotina os deixe meio chateadinhos sim...

    menina, sabe que eu entrei no maternal com um ano e meio? Nao sabia dessa regra agora. Sou de julho. Como nunca repeti saí da escola novinha... Hj em dia nem sei se foi o melhor pra mim, talvez fosse melhor ter seguido a regra como existe hj! rs
    Beijos

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  2. Bibi, você é uma das minhas principais incentivadoras a continuar postando, pois mesmo sem filhos, comenta e me deixa feliz. :)

    Essa regra acho que vem de uns 2 anos pra cá. Acho que o melhor pra você foi o que aconteceu, porque adoro do jeito que é. Eike galanteadora que eu tô hoje! rsrsrs

    Beijocas!

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  3. Ai Musinha, nessa idade é tão difícil de decifrar o sentimento deles né. Acredito que Teteu vai amar a Gigi logo de cara, mas sempre rola um ciuminho, não tem jeito, coisa que dá e passa. ;)
    Fiquei feliz de saber que tu está mais disposta.
    bjuss

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  4. Carlinha, bem difícil mesmo, pois é! E acho que até se soubesse falar de tudo, não saberia estruturar bem o pensamento pra saber o que tá sentindo... Tomara que logo, logo ele se sinta melhor e saiba que estarei sempre junto dele! :)

    Beijos!

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  5. Querida,

    Olha eu não sei sobre filhos, mas sei sobre a minha infância e o que deu ou não deu certo.

    Primeiro, eu não sei se sou o Santo Graal das mães ou o pesadelo mas no primeiro dia de escola - como sou de março fui com quase 2 anos - eu entrei na hora e saí na hora normal. Quando minha mãe veio me buscar eu perguntei "Mas já?" E nunca dei nenhum trabalho para ir a creche. Agora como o seu Fofuchinho eu tinha grandes problemas com algumas coisas. Aos 4 anos, causei uma revolução pq não queria de jeito nenhum tirar a "naninha" da tarde! Como não era a única acabou que pararam de obrigar as crianças a dormir! E tb não queria sair do parquinho para sala. Normalmente isso era ligado com a atividade que fazíamos na sala, se era mais lúdica eu ia mais fácil, mas se era algo que eu achasse chato ou não gostasse da Tia do dia, eu dava trabalho!

    Sobre a comida, eu não comia nada! Mas nada MESMO! Como fofuchinho teve problema com leite, de repente ele pode rejeitar alguns alimentos pq intrisicamente o organismo dele sabe que aquilo pode fazer mal. Minha mãe estudou muito essa parte de alergia e intolerância e descobriu que existe forte relação entre crianças que rejeitam alguns alimentos com a intolerancia alimentar no futuro e outros problemas digestivos. Entao, longe de mim dizer como você deve fazer, mas se ele está rejeitando a comida da creche e come em casa algumas coisas, de repente pode ser isso. Mas não se estresse com isso, o que importa é seu filho estar bem nutrido! Se for o caso manda um lanchinho com ele, faz o teste, as vezes ele tb pode não estar comendo lá pq não quer parar de brincar. Isso é muito comum! A criança esquece do mundo brincando.

    Quanto a roupa, isso eu não faço ideia. Existe mil motivos, pode ser só timidez mesmo. O certo é observar, ver o quanto o comportamento dele tá mudando, se ele está machucado, se reage mal a que façam cosquinha por exemplo, pq pode ser que uma dessas coisas tenha acontecido e ele agora se sinta protegido vestido. Alguma criança tb pode ter levantado a camiseta dele e isso ter causado desconforto, ou até alguem ter dito para algum colega que tira a blusa que ele seja bonzinho que nem o Matheus que se comporta. Ai ele associa ficar vestido com ser bonzinho e comportado tb. A questão do brinquedo é super válida e eu mesma já "caí no tapa" com outras crianças por isso (um anjinho, né?). Mas a questão da comida tb me parece interessante. De repente se ele usar um babador de plástico ou aqueles aventais de pintura para comer? Assim ele não passa a associar tirar a blusa com comer, comida que ele não gosta. São N coisas que podem acontecer e o que você pode fazer já está fazendo que é dar amor, carinho e proteção. A coisa mais importante que um pai pode fazer é conhecer o filho, observa-lo e fazer com que ele se sinta amado e seguro. Isso você já faz, então fique tranquila que deve ser apenas uma fase mesmo. Imagina só que agora ele não tem a Babá com ele todo o dia, que a mãe estava passando mal - e criança sente - sabe que tem alguma coisa mudando - a chegada da irmã - e ainda tem que ir para a creche com um monte de desconhecidos! É muita coisa para uma criança tão novinha! Tenho certeza que vai passar e que tudo vai dar certo!

    Um beijão em vocês!

    PS: desculpa o post enorme mas eu pensei bastante e pensei muito "e se fosse MEU filho?" até conversei com o Erick que tem irmãos bem mais novos sobre o assunto - a gente conversa muito sobre educação de filhos - e achei que vai que de repente alguma das coisas que pensei podem te ajudar a ajudar o Fofuchinho! Sei lá, vai que você tem algum insight lendo algumas das mil bobagens que eu escrevi? Mas estou aqui torcendo muito por vocês!

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Fico feliz quando você comenta!

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