O curioso caso das três creches

Bonecas da minha vida, sentem que lá vem a história...

Primeiro devo dizer que eu não sabia que já na gravidez deveria me preocupar com a creche, no caso das mais indicadas e concorridas. Se fossem públicas ou baratas, ok, né, mas as creches no Rio de Janeiro estão os olhos da cara, então nunca imaginei que haveria problema de vaga.

Como Matheus sentiu muitas e muitas cólicas antes de eu descobrir a alergia ao leite no início da vida (teremos outro post sobre isso), eu não saí muito de casa nos primeiros meses. Mas como eu tive um episódio de mastite na amamentação (outro post hehehe), precisei ir à minha médica um dia, Matheus tinha entre dois e três meses, e chegando lá encontrei uma amiga grávida de cinco meses. Ela me perguntou se eu já tinha procurado creche porque na que ela tinha procurado, perto de sua casa, só tinha vaga para "o ano que vem" (ou seja, esse ano, 2013, quando ela procurou em agosto do ano passado) e ela já era, nada mais, nada menos, que a 23ª na lista de espera. Isso mesmo, a VIGÉSIMA TERCEIRA!!! Fiquei semi bolada e no dia seguinte fui procurar nas duas creches que me tinham sido indicadas perto do trabalho. Uma só aceitava crianças depois de um ano completados até 31/03, segundo orientação do MEC, já que eles não tinham berçário, ou seja, não daria para Matheus em 2013 (ele é de 25/05). A outra não tinha vaga e para 2013 eu estava por volta do vigésimo lugar na espera também. Aí sim eu fiquei preocupada. Pensei: Fudeu. E agora? Lembrei que uma amiga me indicou uma que não era pertinho da minha casa muito menos do trabalho. Segundo o Google Maps, está a 1400m da minha casa e um pouco mais do trabalho. Ou seja, num dia de chuva seria perrengue e para ir do trabalho para lá eu sempre teria de pegar condução. Mas ok, a creche era super recomendada e super alto nível aparentemente. Sobre a distância, eu teria de suportar. Era o que tinha pra hoje. Matriculei o Matheus lá com o problema de que só voltaria de recesso no dia 21/01/13. Nesse período (desde minha volta ao trabalho em 10/12/12) ele ficaria com minha mãe (tadinha, super cansada porque ela mora longe de mim e estava acordando umas 5h para chegar a minha casa a tempo de me render para eu ir trabalhar). Essa primeira creche será chamada de A. Nesse meio tempo em que Matheus estava com minha mãe, um dia ela encontrou uma moça na rua tomando sol e, conversando sobre creche, ela indicou a creche B, dizendo que já tinha rodado muito com filho em creche, que até já tinha visto gente o sacudindo uma vez, que até acertar foi muito difícil, por isso ela sempre recomendava a B para que as mães não passassem pelo que ela passou. E que hoje o filho nem gostava de férias, que pedia para ir para a creche. Parecia atraente, mas essa era meio distante também (900m) e eu não queria perder o que já tinha pago na reserva de vaga da creche A. Além disso, as duas filhas da amiga que me indicou já tinham ficado na creche A, ela amava, eu conhecia as meninas e sentia mais segurança por isso.

Em dezembro a programação foi normal. Matheus com minha mãe, minha mãe super cansada, mas tudo correu bem. No ano novo, encontrei uma vizinha que me recomendou a creche C, do filho de 5 anos, que hoje está saindo para escola mas ficou desde o berçário. Parecia um sonho. Apesar de nunca ter ouvido falar, era pertinho de casa. Quando comecei a pesquisar sobre a creche C na internet, não encontrei nenhum depoimento nem nada sobre, mas em compensação encontrei várias indicações da creche B. Rolou um certo arrependimento de não ter ido ver essa, mas deixei pra lá, afinal, queria tentar na C que era bem perto e no caminho do trabalho. Cancelei a matrícula na creche A por email, já que por estarem funcionando com horário reduzido, não consegui falar com eles ao telefone. A creche C não tinha recesso e no dia 09/01, ele começou lá, fazendo adaptação com minha mãe, como contei para vocês. Minha mãe chegou em casa relatando alguns problemas de higiene, mas quando eu chegava era tudo uma maravilha, como nas fotos que mostrei naquele post em que ele sorria no banho. Cheguei a discutir com minha mãe, dizendo que ela não podia ficar colocando defeito, que estava super protegendo, que estava sendo difícil para mim e que eu gostaria muito de parar de trabalhar para ficar com ele, mas não podia, blá, blá, blá e chorei e tal. Mas minha mãe só queria me alertar. Ela ainda ficou quinta e sexta na adaptação com ele e negociei a semana seguinte com meu chefe para poder eu assumir a adaptação. E minha mãe não estava exagerando.  Acredito que como meu vizinhozinho já tem 5 anos, as coisas no berçário tenham mudado. Não acho que ela mentiu porque já ouvi relatos de creches em que as pessoas dizem, por exemplo, que o maternal é ótimo, mas não gostam do berçário. Então imagino que possa ter sido isso, afinal de um ano pra outro as coisas podem mudar, que dirá em 5 anos. Mas continuando... vi sérios problemas de higiene (vejam bem, sei que nenhuma creche é perfeita nisso, a chupeta que eu lavo e algumas vezes até esterilizo em casa vai passar no chão pendurada pela cordinha quando ele sentar na creche, mas o que vi foi na alimentação); uma funcionária que teve uma atitude extremamente antiética e algumas coisas mais que não convém descrever. Isso tudo me fez decidir naquele dia mesmo que Matheus não voltaria. Relatei tudo para a dona que foi super solícita e se dispôs a consertar todos esses erros, porque acho que muitas vezes os donos mesmos não estão cientes do que está acontecendo, afinal são muitas pessoas envolvidas. Até torço para que tudo se acerte porque ela parece ser uma pessoa correta e muito do bem., a fiscalização é que não estava correta. Então eu não conseguia mais ter confiança nem segurança, né? Pelo menos por agora, em que ele é um bebê indefeso. Sem uma solução, corri para visitar a creche B que tinha tido todas as melhores recomendações. Cheguei cheia de esperança, mas a essa altura óbvio que não tinha vaga e a lista de espera era gigante. Aí me desesperei séééério. Cheguei em casa e chorava igual à criança falando com minha mãe que não era possível, que já estava tão difícil para mim o desapego e ainda tudo dando errado. Minha mãe sugeriu recorrer de novo à creche A e Rafael concordou.

Cheguei lá achando que eles iam pensar que eu sou maluca, mas o email que enviei de cancelamento de matrícula não tinha chegado e estava tudo normal. Que sorte! Pedi então para desconsiderarem caso recebessem o email um dia e paguei a mensalidade de janeiro. Isso no dia 16 e ele começaria dia 21. A creche era longe, seria um perrengue, mas valeria o sacrifício porque estávamos sendo bem atendidos e parecia que tudo ia funcionar. No dia 17 de manhã a creche B me liga, dizendo que a psicóloga responsável pelo berçário alertou que uma neném tinha começado a andar e eles já iam começar a adaptação dela no grupo acima. Dessa forma, surgiria uma vaga para fevereiro, afinal a menininha precisava de um tempo para se adaptar no novo grupinho. Disseram que me ligaram pela minha urgência, mas que se a resposta fosse negativa, ligariam para o próximo da espera. Pedi para reservarem a vaga, afinal a creche B era no mesmo nível da creche A aparentemente. Corri lá e fiz a matrícula.

Agora eu não apenas achava, como tinha certeza de que a creche A ia me achar maluca, mas me enchi de coragem e fui lá contar a história. Eles foram super solícitos e ainda disseram que realmente o melhor para o Matheus era isso, que quando é muito novinho a creche longe sacrifica muito a criança. Eles também têm uma grande lista de espera, porque são bem recomendados. Na verdade, acho que estão acostumados a esse tipo de situação, sabem que é uma decisão difícil, que envolve distância, confiança, uma série de coisas... então meu caso não deve ter sido o primeiro nem o último.

Como Fofucho está de férias até o Carnaval, nesse momento o Fofuchinho está em casa apenas com o pai pela primeira vez, porque ontem ele ficou com a vovó. Só fico lembrando daquelas fotos do facebook -do tipo criança com o pai versus criança com a mãe. Oremos!

Acho que não esqueci nada. Agora vamos todos numa forte corrente de oração para que a creche B seja o melhor lugar para meu neném estar depois do colo da mamãe. hehehe

Aguardemos as cenas dos próximos capítulos. Nesse ínterim, vou contando os causos de Fofucho e Fofuchinho sozinhos pela primeira vez.

Mamãe Musa clama pelo Carnaval.

3 comentários:

  1. Bhaa Musinha, que loucura mulher....
    Boa sorte com a nova creche, que seja a melhor escolha!
    bjuss

    ResponderExcluir
  2. Ahhhhh eu quero saber o que rolou de anti-ético! conta por email, vai??? mãe preocupada mode on!

    Eu fui ver creche com quatro para cinco meses creeeente que estava arrasando... que nada.. já tinha 11 pessoas na minha frente!

    bjus

    ResponderExcluir
  3. Boa sorte na nova creche! Que perrengue, hein? Mas que bom que deu no final as coisas deram certo.

    ResponderExcluir

Fico feliz quando você comenta!

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...